5 feb 2017

A monarquia em Ortega (II)




               Vimos no artigo anterior que Ortega manteve uma posição oscilante entre a sua repulsa frívola de 1905, na que afirma que o Rei não faz nada bem, passando pelo seu apoio total por considerá-la um instrumento de organização social com uma função não política senão histórica e uma posição na considera que cumpre fazer a experiência da monarquia em 1913. Em março de 1914 volve a falar de experimentalista, mas como equivalente á neutralidade ou acidentalidade das formas de Estado. Em 1918 volve ao seu tradicional apoio, esta vez mais crítico, á monarquia como instituição de direitas por ser inimiga dos radicalismos, se bem critica a sua maridagem com os partidos turnantes, não contar com homes novos, como se numa instituição política se solucionassem os problemas com um câmbio de caras, escutar pouco, irresponsabilidade, falta de resolução, mas isto não é suficiente para retirar-lhe o seu apoio, considerando-a em 1919 como o mais  admirável instrumento para levar a uma nação do decaimento á gloria.

Crítica da política caprichosa da Coroa

               Em 1919 continua a sua atitude crítica para com a Coroa, porque considera que não é bom que um governo de direitas faça sistematicamente política de esquerdas, porque fará que estas se radicalizem mais, amostrando de novo a sua faceta conservadora. “Um dos erros da Coroa, desde a Restauração para cá, foi precisamente encarregar aos conservadores a legislação progressiva e enojar-se logo porque os liberais emigram para o radicalismo”1.
              A finais de abril de abril de 1920 declara que a presidência do Conselho foi progressivamente desqualificada, ao que contribuiu não pouco a política da Coroa. “Preferiu esta quase sempre a homes firmes e claros, servidores da nação, os homes dóceis e fáceis, contentadores de Palácio. Pouco a pouco fez uma seleção ao revés. Hoje a palatinidade dum político está em razão inversa das suas virtudes. Desde a oitava de Sagunto, a política de Palácio consistiu em adiar as soluções. A Restauração não foi senão o adiamento de todos os adiamentos, o adiamento que se nega a acometer problema algum interior nem exterior”2.  Para suceder a Alhendesalazar buscar-se-á outro zero palatinizado. A maior parte dos políticos não têm em si nenhuma força, vivem a costa da que lhe proporciona a Monarquia, da que são os maiores inimigos. Ou seja, que a Coroa é a causante da desqualificação dos políticos e da seleção inversa, mas Ortega ceva-se com os políticos elegidas pela Coroa em vez de atacar o mal de raiz, que era a incompetência ou falta de vontade da Coroa para rodear-se de pessoas competentes e honestas.
               A princípios de maio de 1920, com motivo da volta ao poder de Eduardo Dato, Ortega considera um triste motivo de pessimismo que tenha o sorriso do Rei unha política contra a que se alçaram revoluções militares e obreiras3. Esta afirmação poderia entender-se como um apoio de Ortega á assuada militarista das Juntas de Defesa, que o 1/06/1917 emitem um comunicado no que reclamam a capacidade de “defender o direito e a equidade nos interesses coletivos e individuais dos seus membros4, que foi aprovado pelo governo de Garcia Prieto e pelo que os militares incrementavam a sua influência na vida espanhola com a conivência de Alfonso XIII. Esta decisão do governo prietista provocou a sua demissão o 10/06/1917, e a sua substituição por Dato a partir do dia 11 deste mês. Parece, pois, que Ortega sofre um erro de perspectiva achacando a Dato os erros de Garcia Prieto. Acerca da conivência do monarca com os militares não sabe, não contesta.
               Em julho de 1920, Dato assina uma Real Ordem sobre a imprensa que faz subir os jornais a dez cêntimos e El Sol a quinze, que Ortega considera como um ataque direto contra o jornal co-fundado por ele. Isto explica a sua crítica á monarquia e os seus parasitos de janeiro de 1919. Com este motivo, Ortega critica a ineptidão da Espanha oficial, que, “acaba em certos periódicos madrilenhos, mas começa nada menos que nos âmbitos palatinos. ... raios deste calibre só se incubam no mais alto. Seria, pois, oportuno que fizéssemos a psicologia da palatinidade. ... não há dúvida de que é a nossa Espanha a mais florescente Monarquia de botokudos”5, denominação esta da tribo dos botocudos ou aimorés do Brasil, que usavam discos labiais ou auriculares, chamados botoques, e que se caraterizavam pela sua antropofagia e violência.
               Em agosto de 1920 critica a insensibilidade social frente á injustiça: ninguém se imuta por nada ainda que se conculquem os direitos mais básicos. “É possível que durante dous lustros o capricho palatino desvie em sentido inverso á equidade a concessão de distinções militares; ninguém será capaz de fazer uma protesta desinteressada... Andando o tempo, as crônicas narrarão que em tempos de Afonso XIII, amigo da caça, todos os espanhóis honestos tiveram que volver-se alanos e usar do colmilho”6. Logo Ortega, quando se posiciona em contra dos radicalismos e da luta obreira, faz protestas desinteressada ou, no fundo, não está a defender os seus interesses de classe? Como vemos, a esta altura continua o apoio crítico á monarquia; reconhece agora que o seu proceder não é correto nem apropriado, mas não se decide a optar pela alternativa republicana.
               O senhor Dato, aconselhando ao Rei que lhe concedesse o decreto de dissolução, criou um grave dano á Monarquia, porque as eleições vão servir para criar uma maioria parlamentar que favoreça ás empresas ferroviárias. Se a Monarquia hoje tem mais poder efetivo que ontem, não é porque crescesse a sua força, senão porque minguou a das demais instituições. Isto trai como conseqüência que se vê forçada a exercer um poder maior que ontem sem mais força própria que a que ontem tinha. Debilitadas as demais instituições, o seu prestígio não passou á Monarquia, porque não o tinham, mas si o ofício e a responsabilidade7.


Cara a novas formas de Monarquia

               O espanholismo é a faceta que melhor carateriza a Ortega e constituiu o leit motiv de toda a sua obra que é radicalmente política. Uma vez que Espanha perde as suas últimas colônias em 1898, Ortega considera que chegou o momento de exacerbar até o paroxismo o nacionalismo espanhol com objeto de reprimir todo foco de nacionalismo periférico, especialmente dos bascos e catalães. O nacionalismo galego não lhe preocupava, pois considerava que em “Galícia, terra pobre habitada por almas rendidas, suspicazes e sem confiança em si mesmas, o particularismo será re-entrado, como erupção que não pode brotar, e adotará a fisionomia dum surdo e humilhado ressentimento, duma inerte entrega á vontade alheia, em que se libra sem protestas o corpo para reservar tanto mais a íntima adesão”8. Em Espanha invertebrada, atribui a decadência de Espanha ao particularismo, em que caíram os diversos poderes nacionais, incluída a Monarquia e a Igreja, que, para ele, fizeram passar os destinos próprios por destinos nacionais, ou seja, que não foram autenticamente nacionalistas espanhóis, por não imolar os seus destinos em aras da pátria espanhola. Ambos fomentaram uma seleção ao revés. “Seria curioso e cientificamente fecundo fazer uma história das preferências manifestadas pelos reis espanhóis na eleição das pessoas. Ela amostraria a continuada perversão das valorações que os levou quase indefetivelmente a preferir os homes tontos aos inteligentes, os envilecidos aos irreprocháveis”9. É curioso que tardasse tanto tempo em dar-se conta deste problema quando esteve vigente mesmo desde o momento em que se bota a andar a Restauração em 1876, que constituiu uma falsificação ética e política desde a sua mesma origem.
               As constantes intromissões da Coroa, constitucionais, mas desacertadas, -julho 1922- impediram um normal funcionamento do Parlamento. Com todo, Ortega manifesta não ser adepto ao republicanismo. "Alheio á atuação política e hostil a toda demagogia, nem sequer ideologicamente participo da confissão anti-monárquica. Ademais não vejo claro que, como costuma ouvir-se por ai, Europa evolua cara a República; antes bem, vislumbro que, baixo opostas aparências, se dirige cara a novas formas de Monarquia"10. Neste texto, Ortega formula três juízos polêmicos. O primeiro é que diz que é hostil á atuação política, afirmação que é totalmente falsa; o segundo, consiste em qualificar de demagogos aos republicanos, e o terceiro afirmar que Europa evolui cara a novas formas de monarquia. Não evoluiu cara a monarquia, senão que as monarquias, todo o mais, lograram estabilizar-se e perderam atribuições para converter-se em monarquias representativas, mas não executivas nem legislativas. Hoje são vistas mais bem como restos do passado que sobrevivem pelo peso da inércia e dos interesses próprios e dos que as apóiam. A Coroa -diz- dissolveu precipitadamente as Cortes, ensaiou chefes de Governo sem dar-lhe tempo a que madurassem os seus poderes parlamentares, contribuindo a "atomizar as forças políticas e habituou-as a buscar o Poder exclusivamente em Palácio. Quando se iniciava algum debate enérgico, capaz de chegar a alguma conclusão clara, e, por tanto, a uma estruturação orgânica dos grupos, chamou aos seus ministros em uso constitucional e elegeu outros para que apagassem o germe de incêndio"11. Isto significa nada menos que reconhecer que os governos monárquicos eram títeres em mãos do Rei, mas a atitude de Ortega é que a farsa continue.
               Em Espanha -diz em 1922- volatilizou-se o Poder público, função social imprescindível a toda nação. Reside no Parlamento -que perdeu todo o seu prestígio- e na Coroa. Então, ou a Coroa duplica a sua autoridade ou cumpre restituir a sua ao Parlamento. Ou seja, que neste momento clave Ortega considera que a Coroa mantém a sua autoridade, ao tempo que critica o Parlamento. "Ora bem, a estrutura atual da vida coletiva impede que a Coroa poda duplicar a sua autoridade. Intentá-lo seria carregar sobre ela todas as responsabilidades -refiro-me ás históricas, não ás jurídicas-, sem que tenha os meios para afrontá-las. em última instância, o princípio monárquico nutriu os seus prestígios mercê a bélicas empresas, ampliando o território nacional (Espanha, França, Inglaterra) ou afirmando-o contra algum perigo constante (Império romano). Sem uma política de guerras, que hoje seria inconcebível, a Monarquia não pode pensar em acrescer consideravelmente a sua autoridade: já faz bastante com mantê-la"12. Esta política de guerras que seria, segundo ele, imprescindível para que a monarquia saísse reforçada, não lhe merece nenhuma crítica deste papel que jogaram na história. Reconhece que hoje não são possíveis as guerras, mas não ousa condená-las porque ele era militarista.
               Em 1925, em plena ditadura de Primo de Rivera, quando começam já a buscar-se saídas republicanas, diz que não se pode posicionar a nova vida política partindo dum dilema místico: Monarquia ou República. “Quer fazer-se um frente ao dócil espetro dum frente único republicano... Nem liberdade, nem Monarquia, nem República podem hoje, em nenhum país europeu... definir uma política”13. Deste jeito, fica desacreditada a oposição ao regime monárquico e ditatorial imperante, o qual indica que, de fato, constitui um apoio ao regime monárquico.
               Em 1926, entretanto o filósofo se mantém em silêncio, uma série de políticos, entre os que se acham Azanha, Lerroux, Romanones,...; militares como Segundo Garcia, os generais Weyler, Aguilera,... e intelectuais como Marañón, Blasco Ibañez, o seu irmão Eduardo Ortega e Gasset, intentam um golpe militar falhado - a são-joanada- contra a ditadura de Primo de Rivera alegando falta de liberdades, Ortega -novembro 1927- diferencia a República da Monarquia, em que a primeira é uma instituição inquieta, mais inovadora, mais propensa ao câmbio, mentes que a segunda é uma instituição-freio, ainda que rejeita pronunciar-se por uma ou por outra, por estar implicados outros fatores.
 
Delenda est monarchia

               Ortega, que vinha amostrando condescendência com a Monarquia e com a ditadura de Primo de Rivera, a partir de 1929 intenta evitar ficar dependurado e suma-se á ola geral de oposição a ambas as duas. Pede a substituição da Monarquia pela República, assinando, junto com Marañón e Perez de Ayala o manifesto dos intelectuais em prol da República. Desde Sagunto -argumenta Ortega- a Monarquia não fez mais que especular com os vícios espanhóis utilizando-os para a sua exclusiva comodidade. A opinião pública -diz em 1930- está menos resolvida que nunca a esquecer a "grande viltá"14, que supôs a Ditadura. Ainda que se diga que a Ditadura foi inevitável isso "não vela o mais mínimo o fato de que os seus atos depois de advir foram uma crescente e monumental iniuria, um crime de lesa pátria, de lesa história, de lesa dignidade pública e privada"15. Como vemos, não critica o fato da instauração da Ditadura, que ele defendera, senão a sua legitimidade de exercício desde 1876, da que antes não se inteirava. Se o regime a aceitou teria que ter dito ao povo: "Não existe o Estado espanhol. ¡Espanhóis: reconstruí o vosso Estado"16. Como o regime não o fez, temos que ser nós os que digamos: "¡Espanhóis, o vosso Estado não existe! ¡Reconstruí-o! Delenda est Monarchia"17. Cumpre borrar a Monarquia. Ortega acusa o regime de não atuar, mas não precisa quem é esse suposto ator histórico chamado a solucionar os problemas dos espanhóis. É acaso o governo do ditador Primo de Rivera, que foi elevado pelo próprio rei á Chefia do Estado? Se a monarquia resistiu qualquer ataque até este momento deveu-se ao apoio de intelectuais como Ortega e de políticos favorecidos pelo regime imperante.
               No Prólogo a La redención de las provincia, publicado em 1931, escreve: "ainda que eu creia que o responsável mais imediato da má ventura espanhola é a Monarquia, susteve sempre e agora com maior energia que o último e decisivo responsável das suas desditas é o povo espanhol"18, o qual -digo eu- me trai á memória o dito: por acima de burro, apaleado. Carregar sobre o povo espanhol os desmandos, a incompetência e a corrupção das suas elites dirigentes, que ele se viu obrigado a suportar, é um despropósito ético e estético.
               Ataca duramente o regime -novembro 1930- por pretender, com o Governo Berenguer, volver tranquilamente á normalidade como se aqui não tivesse passado nada. A Monarquia -diz o filósofo- concebe que os espanhóis são gente mansurrona e lanar que o aceitam todo sem «rechistar», e em parte tem razão, mas é intolerável que se pré-valha disso. Seria razão de mais, para que a Monarquia, "responsável ante o Altíssimo dos nossos destinos históricos"19, procurasse corrigir estes defeitos dos espanhóis, excitando a vitalidade política do espanhol, "fazendo-o hiper-estésico para o Direito e a dignidade civil, perseguindo quanto fomentasse a sua modorra e a sua propensão lanuda"20. Não deixa de surpreender a apelação a uma legitimidade de caráter religioso, em vez de fazê-lo ao povo, num autor mui reticente, pelo menos, neste aspeto. Deve considerar-se o Altíssimo a que alude como sinônimo dum poder como o Destino, a História? É uma fórmula de caráter deísta? Em todo caso, delata as suas escassas propensões democráticas. Franco pouco tem que acrescentar quando diz: «Caudilho de Espanha pela graça de Deus».
               No Manifesto da «Agrupación al Servicio de la República» -fevereiro 1931- subscrito por Marañón, Pérez de Ayala e Ortega, declara-se que o Estado espanhol chegou ao seu grau postreiro de decomposição. A Monarquia fracassou porque não soube converter-se numa instituição nacionalizada, "senão que foi uma associação de grupos particulares que viveu parasitariamente sobre o organismo espanhol, usando o Poder público para a defesa dos interesses parciais que representava. Nunca se sacrificou aceitando com generosidade as necessidades vitais do nosso povo, senão que, pelo contrário, impediu sempre a sua marcha natural pelas rotas históricas, fomentando os seus defeitos inveterados e desalentando toda boa inspiração. De aqui que dia por dia se tenha ido quedando só a Monarquia e concluísse por amostrar á intempérie o seu verdadeiro caráter, que não é o dum Estado nacional, senão o dum Poder público convertido fraudulentamente em parcialidade e em facção"21. A touro passado, dá-se conta de que a Monarquia careceu de legitimidade de exercício, porque antepôs os seus interesses aos do país. Isto lhe resta credibilidade á sua crítica. A filosofia orteguiana, como a coruja de Minerva, sempre chega demasiado tarde. De novo assoma a crítica de Ortega ás instituições, por não ser capazes de procurar a nacionalização do Poder público, objetivo máximo que ele se propôs dum jeito obsessivo. A sua eiva principal foi o particularismo, que ele referia tanto aos povos com personalidade de seu como no sentido sócio-econômico. Por isso, a Monarquia de Sagunto deve ser re-emprazada pela República, "que desperte em todos os espanhóis a um tempo dinamismo e disciplina, chamando-os á soberana empresa de ressuscitar a história de Espanha"22. Como podemos observar, Ortega não formula projetos, programas, senão considera suficiente com criar um novo estado de ânimo, uma hiper-sensibilidade espanholista, ou seja, o vazio. A sua pretensão é a volta ao passado, á volta á história da Espanha imperial, ainda que agora reduzida aos limites peninsulares. Com esta finalidade, deve abortar de raiz o movimento reivindicativo das nacionalidades periféricas, que verão negados sistematicamente os seus direitos nacionais, em aras do fortalecimento do nacionalismo espanhol.
               A Monarquia não vai ceder galantemente o passo a essa reconstrução do Estado e de ai que se impõe uma formidável pressão da opinião pública para que prevaleça a vontade republicana dos espanhóis. Importa que Espanha conte com um Estado eficazmente constituído, e que o povo espanhol desperte a uma existência mais enérgica. A sua realização supõe que as almas espanholas quedem liberadas da domesticidade e o envilecimento em que as manteve a Monarquia, Quer dizer, novos estados de ânimo e moralina em vez de câmbio estrutural numa sociedade profundamente injusta, Para ele, a monarquia é "incapaz de empresas e de construir um ordem que á vez impere e dignifique. La República será o símbolo de que os espanhóis se têm resultado por fim a tomar briosamente nas suas mãos o seu próprio e intransferível destino"23. Em Espanha não houve uma política normal desde 1914 -antes dissera desde Sagunto- e essa foi a razão pela que não existem grupos políticos já formados. "Esta é uma das grandes estultícias do regime monárquico"24. Agora põe-se de lado da Republica, mas, como veremos, não tardará em apostatar dela.


           


1.. «Las sesiones de estos días»», El Sol, (24/11/1919), em Obras Completas (OC), T. 10, II,  p. 606.
2.  «El confuso momento político», El Sol, (28/04/1920), em OC, T. 10,  p.  639.
3. «El senhor Dato se encarga del Poder», El Sol, (04/05/1920), em OC, T. 10,  pp.  641-642.
4. FERNANDEZ ALMAGRO, História del reinado de Alfonso XIII, Sarpe, Madrid, 1986, T. II, p. 13.
5. «El senhor Dato y los periódicos», El Sol, (29/07/1920), em OC, T. 10,  pp. 660-661.
6. .«Sobre la Real orden», El Sol, (07/08/1920), em OC, T. 10,  pp. 664 e 666.
7 .«El momento político», El Sol, (20/10/1920), em OC, T. 10, pp. 676 e 677.
8 . España invertebrada (EI), Espasa Calpe, Madrid, 1972, p. p. 60.
9. EI, p. 63.
10.  «Ideas políticas», em El Sol, (01/07/1922), OC, T. 11, II, p. 20.
11. «Ideas políticas», em El Sol, (01/07/1922), OC, T. 11, II, p. 21.
12. «Ideas políticas», em El Sol, (02/07/1922), OC, T. 11, III, p. 22.
13.  «Vaguedades», em El Sol, (07/03/1925), OC, T. 11, II, p. 54.
14. «El error Berenguer», em El Sol, (15/11/1930), OC, T. 11, p. 278.
15. «El error Berenguer», em El Sol, (15/11/1930), OC, T. 11, p. 278.
16. «El error Berenguer», em El Sol, (15/11/1930), OC, T. 11, p. 278.
17. «El error Berenguer», em El Sol, (15/11/1930), OC, T. 11, p. 279. A expressão Coeterum censeo, delendam esse Monarchiam, já aparecera no artigo «Sobre el poder de la prensa», em OC, T. 11, p.121. Contrariamente ao que afirma Gregorio Morán, (MEE, p. 46), não se incluiu em «Misión de la Universidad», em OC, T. 4, pp. 313 ss.
18. «La redención de las provincias», em OC, T. 11, p. 176.
19. «El error Berenguer», em El Sol, (15/11/1930), OC, T. 11, p. 277.
20. «El error Berenguer», em El Sol, (15/11/1930), OC, T. 11, p. 277.
21. OC, T. 11, p. 126.
22. «Agrupación al Servicio de la República», em El Sol, (10/02/1931), OC, T. 11, p. 126.
23. «Agrupación al Servicio de la República», em El Sol, (10/02/1931), OC, T. 11, p. 128.
24. «Declaraciones de dom José Ortega y Gasset», em El Sol, (10/02/1931), OC, T. 11, p. 130.

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