30 jun 2014

O dilema Monarquia-república em Castelao



1.- Castelao, símbolo de Galiza


O novo rei Felipe VI, citou a catro escritores das culturas diferenciadas do Estado espanhol: o escritor em castelán, o sevilhano Antonio Machado (1875-1939), representante da geraçom do 98; o catalám Salvador Espriu (1913-1985), símbolo da fidelidade á sua terra e voz do pobo de Catalunya; o celebrado escritor vasco Gabriel Aresti (1933-1975); e o imenso e polifacético Castelao, o home máis grande nacida na Galiza, símbolo da terra, encarnaçom dum ideal ético e de entrega e fidelidade ao país. Embora que hai aspectos da obra do rianjeiro que podem e devem ser superados, o que nom pode ser superado é o espírito co que se escrebeu e a fidelidade e entrega ao país que tanto amaba e polo que entregou toda a sua vida.


1.- Castelao, símbolo de Galiza
2.- Evoluçom desde o Monarquia da Restauraçom á República federal
      2.1.- O Castelao monárquico
      2.2.-  Accidentalidade das formas de Estado
      2.3.- Etapa de militancia republicana
            2.3.1.- O cesarismo unitario dos Austrias e Borbons
            2.3.2.- A república autonomista
            2.3.3.- O lene republicanismo dos republicanos
            2.3.4.- O centralismo como problema
            2.3.5.- Superçom da república unitária 
            2.3.6.- Violaçom das liberdades polo absolutismo monárquico
            2.3.7.- Oposiçom á restauraçom monárquica
            2.3.8.- A república e Galiza como prioridades
            2.3.9.- Instauraçom dumha democracia republicana
            2.3.10.- Fracasso da política monarquizante
            2.3.11.- Conivência dos vascos co contubérnio monárquico-republicano de Prieto
      2.4.- Valorizaçom dos diversos reis espanhois
            2.4.1.- Asmonarquias sueva, galaico-astur e borgonhona
            2.4.2.- A dinastia de Trastámara
            2.4.3.- Os Austrias
            2.4.4.- Os Borbons
3.- Conclusom

Parécenos bem que o Rei cita-se a Castelao sempre que isto implique a assunçom do seu projecto vital e político e se caminhe na senda que el trazou, totalmente viável numha nova configuraçom política, tan necesaria! do Estado espanhol, e nom seja somente umha utilizaçom interesada dum símbolo da nosa terra em benefício dumha institución corrupta e caduca, coa finalidade de consolidar-se no trono. O poder político caracteriza-se por ser devorador dos símbolos, do éxito e do reconhecimento social em beneficio proprio e sem escrúpulos nem remordimentos de nengumha clase. É esclarecedor o intento de Feijoo de apropriarse da obra do rianjeiro, ao tempo que desenhava um plano para debilitar a lingua nacional galega. As obras diran-nos se o entronizado Felipe actúa ou nom em consecuência e nom só cita autores queridos nestes povos negados, senón que utiliza plenamente tamén a lingua propria destes países, polo menos cando os visita e nom se limita a fomentar a diglosia repetindo algumha frase nelas para ganhar alguns titulares de xornais. Mais isto implica moito máis que a lingua, pois tamén deveria afectar á configuraçom do Estado espanhol para convertelo num Estado federal auténtico e nom só de nome, como pretendem o PSOE e UPyD.


2.- Evoluçom desde o Monarquia da Restauraçom á República federal


A política foi um tema continuamente recorrente na actividade do «noso genial artista», já a partir do ano 1910 em que participa na fundaçom do semanário satírico conservador rianjeiro El Barbero Municipal, em defesa do bando do seu pai, Mariano Rodríguez Dios, chefe da casa Mariano, enfrentado com o sector liberal, representado em terras de Rianjo polo cacique Viturro, apoiado nas alturas polos Gasset: Rafael Gasset e José Ortega Munilha, tío e pai respectivamente de José Ortega e Gasset. Neste artigo imo-nos cinxir á evoluçom do pensamento de Castelao verbo do tema monarquia-república.

Castelao evoluiu desde um posicionamento monárquico e conservador a um posicionamento republicano e progresista. Podemos distinguir tres etapas no posicionamento político de Castelao, a respeito do tema que nos ocupa. A primeira é a etapa monárquica, que se estende até 1916, em que ingressa nas Irmandades da Fala. A segunda, de inclinaçom pro-republicana mais dentro da consideraçom da accidentali­dade das formas de Estado, e, por conseguinte, dumha assunçom passiva da República, que dura até o ano 1933; e a terceira, de 1934 para 1950, é umha etapa de combate em pro da República, como forma única de Estado respeitosa com as diferenzas nacionais.

O termo antitético de monarquia nom é para Daniel a república senón a república federal, pois a república unitária é tamém desconhecedora das realidades vivas que respondem aos imperativos da natureza e da historia, como som os povos, e só a república federal respeita os factos diferenciais e, por tanto, os direitos dos individuos e dos povos. A soluçom para o problema español reside na igualdade dos povos. “Os galegos sempre pensamos em resolver os problemas privativos de Galiza dentro do Estado espanhol, dentro dumha Espanha que seja, por igual, o acorro de todos os povos peninsulares, sem privilégios nem servidumes”1. No ano 1943 critica precisamente a República de 1931 porque regalava liberdades aos homes intolerantes e frente aos povos mantinha-se usurpadora e absorvente2.  Se “o individuo tem dirreito a preservar a sua alma, que é a sua liberdade, nom cremos que o Estado poda exigirlhe a um povo o que nom deve esigirlle aos individuos que o componhem”3. No ano 1943 opina que se a soberania tem límites ante os direitos naturais da persoa humana, tamém deve telos ante os direitos naturais dos grupos diferenciados, ou seja das nacionalidades4. A Constituiçom estabeleceu garantias do home frente ao home e ao Estado, mais esqueceuse de organizar as garantias das regions frente ás outras e ao Estado. A soberania do home deve reflectir-se num poder do Estado, a Cámara de Representantes ou o Congreso, e a soberania das naçons deve reflectirse num segundo poder do Estado, a Cámara das Nacionalidades ou Senado5. O sistema politico acaído para compaginar ambos direitos, sem incorrer no submetimento e a escravatura, é o federalismo auténtico concertado entre as naçons do Estado que souberom conservar ao longo do tempo as súas características, o seu facto diferencial.

Esta grande sensibilidade polos direitos humanos, tanto individuais como colectivos, sem parangóm noutros autores espanhois da época e inclusive da actualidade, é o que mantém vivo o seu pensamento aínda na actualidade e o fai aínda atractivo para os novos tempos e as novas geraçons. Canto um le un texto de Ortega, Juliám Marias, Unamuno, etc. Um decátase que nom apelam ao home de hoje, cousa que nom acontece cos de Castelao, que é o referente dunha ética actual embora nom totalmente explicitada, como é lógico. Considera Castelao que pode surgir un novo refinamento moral que acabe com a submissom duns povos por parte doutros, ao igual que os moralistas do século XIX se puxerom de acordo em abolir a propriedade duns individuos sobre outros. “pois se os moralistas e lexisladores do século XIX se puxerom de acordo para abolirem a propriedade dos homes sobre os homes é lógico esperar que umha nova moral política acabe algum dia coa propiedade dos povos”6. Umha democracia plena exige que se respeitem os direitos colectivos. “Por iso estimamos que nom hai democracia completa onde os povos nom sejan tam sujeitos de direito como som os homes”7. Nom concordamos, porém, com o nosso autor na justificaçom dos direitos, tanto individuais como colectivos, que el fundamenta no naturalismo ético, por considerar que a natureza é indiferente aos direitos e que tanto se pode utilizar para justificar uns direitos como o seus contrários. Cremos que hai que basealos na aspiraçons éticas humana a umha vida de igualdade, liberdade, solidariedade e paz entre os seres humanos.


2.1.- O Castelao monárquico


Castelao criou-se num ambiente conservador -seu pai era o chefe local dobando conservador de obediência maurista- e monárquico. O crego de Rianjo puxolhe por nome Afonso em honor ao concebido mais ainda nom nato Afonso XIII. Na sua casa pervivia o eco popular do fracasso da primeira República, como o demostra o facto, testemunhado por Daniel, de que que a sua avoa quando se "anoxava polos desarranjos e barulhos que eu armaba na casa, sempre dizia o mesmo: «¡Isto é umha Repúbli­ca!»"8. No mes de junho de 1910, umha vez terminada a súa etapa madrilenha, teoricamente com a finalidade de fazer o doutoramento em medicina, retorna a Rianjo onde comeza a atender aos doentes, atençom que prestará, por espaço de quase cinco anos, com grande desinterese e generosidade no caso das persoas de modestos recursos, que lhe correspondem com o seu afecto e carinho.

A finais de xunho do 1910, funda, junto com Eduardo Dieste, e Ramon Rey Baltar, aliás «Verduguilho», o semánarioconservador e maurista9, El barbero municipal, que tem como direitor ao notário eclesiástico, D. José Arcos Moldes; responsável das funçons literárias a D. Eduardo Dieste, irmán de Rafael Dieste; e das administrativas a D. Afonso Rodríguez Castelao, que ademais colabora nas tarefas de redacçom, nas que assina a secçom de «Guisados de mostaza» com o pseudónimo de «Miquis», e debuxa estampas, com influência principalmente goiesca, nas que combate o caciquismo liberal tanto rianjeiro, especialmente de Manuel Viturro, mais  tamem das altas esferas espanholas. Do Castelao vintaneiro, di José Antonio Durán, que "é um barbeiro10 da luta rianjeira, filho dumha familia católica, conservadora e monárquica; colaborador dum semanário conservador, inbuído no pensamiento de Maeztu e na ideologia de Maura; está inserto num mundo galaicista onde o peso do tradicionalismo militante é claro. ..."11.   

A ideologia do semánario era a típica conservadora do momento no ámbito tradicional espanhol, e daí que estám a favor da "Espanha heroica e santa de Pelaio, de Sam Fernando, de Isabel a Católica, de Filipe II, de todos os piadosos reis que elevarom a nossa naçom ao máis alto grao da gloria e da prosperidade mediante a protección da Cruz"12. Identifi­cam conservadores com "amantes da Justiça, da sua pátria e do seu Rei"13. O contexto político era o dos parti­dos turnantes; e eles atacam com dureza aos radi­cais, considera­dos como a extrema esquerda institucio­nal, julgando a socialistas e anarquis­tas, como a esquerda antisistema, e á «Institu­ción Libre de Enseñanza» como origem das tendências laicistas e republica­nas, que eles rejeitavan. Porém, certas leituras e preocupa­çons que amostra Castelao a esta altura propiariam um giro decisivo na sua cosmovisom. O 5/08/1911, insire El Barbero Municipal um artigo seu assinado por «Asieumedre», no que pom em boca de Pedro de Aldám, fidalgo de Taboexa, umhas palavras dirigidas ao Senhor de Guimarei, que concordarám plenamente com o que el defenderá máis tarde: "Sodes como os demais nobres e fidalgos desta terra, vítima da ignorância, do desconhecimento da nosa história, das verdadeiras necesidades da Galiza, do que nos convén para o noso porvir, e coidades que nesta guerra devemos tomalo partido do-Rei Filipe. ¡Como esquencedes, ... esta terra que tantos desleigamentos e aldraxes sofre dos orgulhosos castelhanos! Portugal é mui semelhante a Galiza, falam a mesma língua, tenhem os mesmos costumes, e por tanto as mesmas leis. Portugal é sangue do noso sangue, vida da nosa vida. Os seus trovadores, os seus grandes poetas, a masa do povo, encenderom a sua alma no mesmo verbo que Deus nos deixou em herdo. Nom sabedes, meu nobre parente, que estades forxando os grilhons de cadea que tem de escravizar para sempre a nosa pátria, que despois verá os seus costumes, a sua fala, as suas leis, todo canto é seu, aldrajado, perseguido por gentes que nos desprezam muito, que vós bem sabedes. Os reis de Castela governam as Espanhas a estilo estrangeiro, que tan mal quadra para defesa e conservaçom das nosas liberdades. As causas que erguerom a espada dos irmandinhos repítense hoje com mais gravidade, sem que os filhos da terra volvam polo seu honor. ... ¡Eu tenho que ouvir a voz da razom, que me di que Portugal é noso irmám e que com el devemos viver baixo das mesmas tendas!. ¡Nom fagamos que outro poeta lusitano do porvir tenha razom, como a tivo Camoens, ao dirigirnos reprimendas que nos envergonhem, despertando um remordimento decote duro e merecido!"14.

A partir de agosto de 1911, dá-se nel umha inflexom cara ao agrarismo de «Acción Gallega», que tem em Basílio Álvarez ao seu líder máis destacado, passando a defender um redencionismo moderado. Com todo, mantém os seus posicionamentos básicos conservadores e monárquicos, como se reflite na suas colaboraçons no semanárioconservador e no facto de que no ano 1914, colabora numha monografia de Luis Anton del Olmet em homenaje ao Rei Afonso XIII, junto com Sofia Casanova, Rey Soto, Lisardo Barreiro, Azorín, Ramon y Cajal, Benavente, Unamu­no15.


2.2.-  Accidentalidade das formas de Estado


Em 1916 ja é um nacionalista galego de pro, ideologia que vcai ser o leit motiv da sua vida no futuro. A finais de 1916, com trinta anos, participa, junto com um grupo de intelectuais na fundaçom das Irmandades da Fala16, criadas por iniciativa de Antóm Vilhar Ponte e formadas no seu início por ""vinte persoas, conhecidas com o nome de «Os felibres galegos», relembrando aos da Provenza"17. É, por conseguinte, interessante conhecer os posicionamentos desse movimento nacionalista no que Castelao se integra porque vam ser, sem dúvida, assumidos por el. Os dias 17 e 18/12/1918 celebra-se a I Assembleia Nacionalista na cidade de Lugo, organizada por L. Penha Novo, na que se fija o programa político das Irmandades, e Castelao figura entre os assistentes, em representaçom, junto com Cabanilhas, de Pontevedra. Entre as conclusons aprobadas figura, no apartado II. 6.º a seguinte: "Crendo na accidentalidade das formas de governo, interésanos aclarar que nom apelamos por nengumha, mais simpatizaremos, dende logo, com aquela que se mostre máis doada para chegar á federaçom com Portugal".". Nesta resoluçom, ainda que explicitamente hai umha opçom pola neutralidade, para manter-se dentro da legalidade monárquica, inclúe-se umha preferência implícita pola República, pois considerava-se que a federaçom com Portugal seria máis doada com umha forma de governo republicana, pois, como di Vilas Nogueira, "Nom cumpre de gran esforzo mental para se decatar de que nom é que a Monarquía fixese tal federaçom máis difícil; a facía sinxelamente impossível"18. Neste momento, pois, é plausível que Castelao assuma já sem reserva mental algumha a forma republicana como forma de governo máis ajeitada, posiçom que seguramente se veria reforçada com a decantaçom da intelectualidade espanhola cara á forma republicana de governo durante a Ditadura de Primo de Rivera.

Na década dos vinte, Castelao alude á Monarquia nalgumha das súas vinhetas, mais nom se manifesta nelas umha tomada de posiçom clara sobre o tema. Assi, numha vinheta de A Nosa Terra, do 15/06/1920, que reproduz outra similar anterior a 1915, com meninos como protagonistas e que oferecem como resposta «azucre», um menino pergunta que comerá o rei, contestando-lhe o seu companheiro que comerá roscas. Ou seja, que o rei seria visto polos pequenos como um ser distante que vive umha vida regalada, com umha dieta distinta dos dos demais mortais, umha dieta de larpeira­das. Na vinheta «Contras­tes», publicada em Galicia de Vigo o 17/01/1923, umha menina, rodeada de regalos de reis, suscita a enveja dum companheiro com a seguinte frase: "- A ti no te pusieron nada los Reyes porque tu papá es republicano. ¿sabes?", jogando com a identificaçom de monarquia com os Reis Magos e quizais mesmo com clientelismo político. O menino é de clase baixa, mentres que a menina é de clase media e exprésase em espanhol, o qual eram os de clase baixa os que estavam máis insatisfeitos com a chefia do Estado, ao tempo que as clses medias se amostravam condescendentes a este respeito. A interpretçom do contido desta vinheta é ratificada por outra de data 21/04/1923, na que conversam dous maiores de posiçom acomodada e um deles di-lhe ao outro: "Yo soy republicano", ao que lhe responde o segundo: "¡Caramba! Pues entonces no es Vd. tan joven como parece". O qual indica que indica que se un maior di que é republicano entom isto somente pode referirse aos tempos da primeira república, e se se manifesta isto em 1923 tem que tratar-se dumha persoa maior. Numha terceira, com o título "Lérias de cocinha", publicada o 4/02/1923, no jornal Galicia, um velho pergunta-lhe a outro, tamém paisano labrego: -E o rei saberá que os ministros juram em falso? Nela problematiza-se a discordância entre as promesas juradas dos ministros e as realizaçons prácticas; com a complicidade da monarquia?. Na titulada "Inocenta­das", publicada no mesmo jornal vigués o 21/04/1923, conversam dous homes de posiçom acomodada, um deles delgado e com pinta de intelectual e o outro grosso e com pinta de burgués; um deles di-lhe ao outro: -Eu som republicano, e o segundo contesta-lhe: -¡Caramba! Pois entom nom é vocé tan jovem como parece, com o qual parece aludir a que o republicanismo era próprio dumha época já afastada, em referência ao último terço do século XIX.

O 27 de abril de 1930, tem lugar a VI Assembleia Nacionalista, preparada por Vicente Risco, que suporia um profundo fracasso para os de Ourense, frente ao sector corunhés. Nela, os da Corunha empenharom-se -afirma Risco- numha declaraçom previa e fundamental de republicanismo "que os de Ourense iamos dispostos a fazer, mais que em vista de que muitos dos melhores elementos do nacionalismo -Castelao, Paz Andrade, Iglesias Alvarelhe, Peinador, etc. etc.- sendo todos republicanos, nom consideravan conveniente tal declaraçom como fundamental do nacionalismo galego, eu mesmo, desde a presidência, declarando que a votaría, como a votei, combatina. ... -Bem. O que é, é que a actitude dos da Corunha, sugestiona­dos polo instante político espanhol foi de tal jeito, que republicanos de toda a vida como Peinador, dixerom que nom assinariam o manifesto do partido"19. Despois desta Assembleia, Risco escrebe-lhe a Blanco Amor com o propósito de desvincular aos grupos galeguistas de América da direcçom das Irmandades da Fala da Corunha e situa-los baixo a dos de Ourense. Na carta di-lhe que "nom vexo inconveniente em que Vds. actúem como republicanos, se cumpre, aínda que os grupos de aquí nom tenham esa definiçom política"20. O republicanismo de Castelao é já manifesto no seo das Irmandades, mas ainda nom se declara abertamente combativo para imponher esta forma como algo consubstancial com o galeguismo. Pola súa parte, os grupos ainda nom assumirom dum jeito decidido o republicanismo, como definiçom do partido.

O dia 25 de setembro de 1930 celebrou-se umha reunióm de personalidades galegas no Pazo de Barrantes, em que assinarom um documento, denominado «Pacto de Barrantes», no que em velada alusom á monarquia, declaram "a nossa absoluta incompati­bi­lidade frente a todas as hegemonias e regímes políticos que nom emanem da soberanía popular"21. Castelao é um dos assinantes deste Pacto, junto com Otero Pedraio, Cabanilhas, Basílio Álvarez, Paz Andrade, etc.

O 1º de abril de 1931, a poucas datas de instaurar-se a República, facto que se produz o 14 de abril de 1931, vários nacionalistas, entre os que se encontram Otero Pedraio, Manuel Penha Rei, Florentim López Cuevilhas, etc. assinam umha declaraçom de fe republicana por considerar "a república federal como a forma de governo mais ajeitada para lograr as arelas mínimas do nacionalismo galego, ... [estando dispostos] a colaborarem politicamente com os partidos republicanos existentes na Galiza, na defesa da soberania popular e dos elementais supostos democráticos, na implantaçom do regimem republicano"22. Castelao nom figura entre os assinantes, mas essa declaraçom de fe republicana estava amplamente difundida no seo do galeguismo, e, sem dúvida, Castelao, intimamente vinculado com muitos dos assinantes, participava tamém desse sentir comum. O 12/04/1931 tenhem lugar as eleiçons municipais que propiciariam o cambio de réxime, que Castelao seguiu com curiosidade expectante. Ao berro de Bóveda ¡Viva a república federal! comentou: "Si ¡Que viva e nom morra a República se é federal, por riba de todo! ¡Que nom morra por nom selo, como lhe pasou á do 73!"23, se bem estava preocupado pola actitude que tomaria Casares em quem pouco confiava.

O 14/04/1931, Francesc Maciá proclama o «Estat Catalá». Um pouco despois das cinco da tarde o rei assina o documento de renúncia ao trono e apresta-se a abandonar Espanha. O 6/05/193124, publicou o Semináriode Estudos Galegos um anteprojecto de Estatuto, elaborado por umha Comissom formada por Risco, Valentim Paz Andrade, Alexandre Bóveda, Lois Tobio e Ricardo Carvalho Calero, o máis ambicioso de todos os que se elaborarom durante a II República. Risco, juntamente com Otero Pedraio, convertem-se nos líderes máximos do «Partido Nazonalista Republicano Galego de Ourense».

Do anteproxecto de Estatuto do SEG, Castelao salienta o seu primeiro artigo: "A Galiza é um Estado libre dentro da República Federal Espanhola"25.

O 28/06/1931 Castelao é elegido deputado por Pontevedra para as Cortes espanholas. Conta José Sesto, que "Quando as Cortes Constituíntes da República, paréceme que ja o primeiro día, ergueuse para pregar que sacaram do Salom de Sessons as estatuas dos chamados Reis Católicos que alí se erguían. Juliam Besteiro, tamén galego, perguntoulhe: -¿Pode S.S. dar razons para a sua petiçom?. Castelao contestou: -Nom, para nada. É um asunto particular e privado que eu tenho pendente com e­les"26.

Os dias 5 e 6 de dezembro de 1931, aprova-se na VII Assembleia Nacionalista, celebrada em Pontevedra, á que concorrem 32 grupos, a declara­çom de princípios que dá lugar ao nascimento do Partido Galeguista, com a concorrência dos deputados das Cortes Constituintes: Castelao, Otero Pedraio e Suárez Picalho, "que levarom a representaçom de Antón Vilhar Ponte"27. Na II Declaraçom de Princípios estabelece-se: "Galiza povo autónomo.- A autodeterminaçom política de Galiza dentro da forma de governo republicana"28. Por tanto, pede-se para Galiza, o direito de autodeterminaçom política nom absoluta senom dentro do marco da forma de governo republicana.

2.3.- Etapa de militancia republicana


2.3.1.- O cesarismo unitario dos Austrias e Borbons

Num mitin celebrado em Maside, o 8/05/1932, afirma Castelao que os galeguistas forom sempre republicanos, “mais nom considerarom necesário el dize-lo em todo momento, porque para eles a República nom é um fim, senom um meio. Somos republicanos como somos partidários do sistema métrico decimal. Se num comércio medem por varas e medem bem e noutro medem por metro e o fan mal, nós compraremos no que medem á velha. Mais com a República nom veu a nosa libertaçom e hoje só nos queda a esperanza. Acostumam pintar a República como umha mulher farpantona com um leom aos pés, como se for umha domadora. Eu pintaría a República como um arborinho débil, sustido por estacas. A veces a árvore seca- se e prendem as estacas. Quiçá lhe ocorra isto á nosa e se converta em Ditadura”29. A esta altura, declara-se ja abertamente republicano, mais aínda na órbita da accidentalidade das formas de governo. O esencial é a libertaçom de Galiza, e para a consecuçom deste objectivo, sempre será máis propícia a República que a Monarquia, e daí a sua preferência por manter o réxime republicano. Este ano significa um ponto de inflexom cara a umha declarada militança em prol da República.

No Programa de acçom para os grupos galeguistas, aprobado na II Assembleia do Partido, celebrada em Santiago os dias dez e once de dezembro de 1932, estabelece-se no seu apartado «II. Galiza, povo autónomo», o seguinte: "O Partido Galeguista defende pois, o reconhecimento da personalidade jurídica de Galiza para a sua autodeterminaçom política, sem que isto poda representar um quebrantamento da solidaridade que nos avencelha natural e libremente com o Estado Espanhol, dentro do regime republicano, garantia das nosas liberdades e da democracia da nosa política"30. Propom-se aos grupos que defendam as "instituçons de democracia política, especialmente da forma de Governo republicano, como garantia de atingir a liberdade do noso povo"31.

O 2/04/1933, Castelao participa, junto com o deputado catalám de Esquerra, Riera i Punti, e vários lideres aneuvistas: Arrien, Urrengoetxea e Basterra, num mitim de «Acción Nacionalista Vasca» (A.N.V.) no frontom «Euskalduna» de Bilbo com motivo da inauguraçom da Casa Basca (Eusko-Etxea), no que o dirigente de Esquerra Riera i Punti lançou a ideia de renovaçom do pacto da Tripla Alianza de 1923, acolhida favoravelmente tanto por parte de Arrien como de Castelao. Este pronunciou um emotivo discurso no que exaltou a funçom da língua, equiparou a monarquia com centralismo e república com autonomia, "os republicanos que nos combatem a nós som monárquicos disfarzados ..., som viuvos da monarquia e casados em segundas núpcias com a república32". Termina o discurso repetindo umha ideia que já defendera Vicente Risco, que atribuia, em 1920, o afogamento das nacionalidades ibéricas polo imperialismo castelhano ao centralismo monárquico que iníciam os Reis Católicos e culminam as Cortes de Cádiz33: "Desde que reinarom em Espanha as dinastías estrangeiras dos Austrias e dos Borbons, importadores do cesarismo unitario e centralista, que veu romper a verdadeira tradiçom da península ibérica, os espanhois nom puderom sentir-se identificados com a missom histórica da monarquia, porque a política dos reis tinha por fim a doma e castraçom da vontade popular, porque a violência dos Austrias e dos Borbons tinha por objecto afogar a libre respiraçom de espírito agrilhoando melhor assi as liberdades colectivas e o espírito popular. Mais o republicanismo, traducido literalmente do francés, apesar do sea simpático amor ás liberdades individuais, tampouco chega á consciência popular, porque nom enche os anseios democráti­cos dos homes da península"34.

O 23/05/1933, interveu nas Cortes do Estado sobre diversos problemas que afectam a Galiza: caminhos de ferro, estradas, caciquismo e Estatuto de Autonomia e terminou lamentando-se de que o Ministro de Facenda, "ao contestar aos discursos nom tivo sequer a bondade de fazer alusom ao meu como se eu me tiver dirigido ás estatuas deses reis católicos, que ja me estám molestando, no retábulo presidencial"35.

Em dezembro de 1933, os socialistas lançam duros ataques contra o Partido Galeguista e os seus principais dirixentes, motivados por umha certa indefiniçom nos seus posicionamentos sobre a forma de Estado. De Castelao dim que é "bom artista, mais nada máis. Politicamente jamais actuou. Actúa agora dentro do Partido Galeguista. ¿Republicano? ¡Ah! el nom sabe. Nom sabe se é republicano ou monárquico. A él só lhe interesa saber que é galeguista. O demais a posiçom política, deve ser para el algo insignificante quando nom sabe se é republicano ou nom. Claro que os factos sempre evidenciam o que um é. E os factos provarom até aquí que Castelao é inimigo da República... Encontramo-nos com Otero Pedraio. Como os dous primeiros galeguista. A sua significaçom política é, ao igual que Castelao ignorada"36.

Em maio de 1934, critica as greas patrioteiras de «Acción Popular», que forom ao Escorial a "remexer o bandulho que tragou as energias acumuladas da Península. Forom a invocar as somas dos reis estrangeiros que causarom a ruína e a decadência das nacionalidades hispánicas para rebaixar o Estado á parva categoria de abstracçom momificada. Alá forom a fozar nos tópicos da falsa historia. Forom a resucitar tempos abolidos e a reviver a política suicida que fixo de Espanha umha potência subordinada"37.

O domingo 22/06/1934 tem lugar um importante mitim no Teatro Rosalia Castro da Corunha no que intervinherom Plácido R. Castro, Álvarez Galhego, Castelao, Bóveda Gómez Román. Nel o político rianjeiro combateu o sistema centralista, que, importado em «Espanha» por duas dinastias estrangeiras, é o que se opom ao triunfo da democracia e da liberdade38.

2.3.2.- A república autonomista

O domingo, 8 de julho de 193439, tem lugar outro mitim em Ourense no que participa "o nosso genial debuxante", Castelao, junto com González Salgado, Álvarez Galhego, Bóveda e Gómez Romám. Castelao fai umha valorizaçom das noçons de monarquia e república. "Monarquia é igual a monotonia, unidade, absolutismo. A República é variedade, liberdade, autonomía, democraza" (sic)... A primeira República morreu por ser centralista, contra o criterio de Pi i Margall que nom foi escuitado cando dizia que era preferível umha Monarquia federal a umha república unitária. A segunda República estivo a piques de cair no mesmo erro, apesar das promesas que se fixeram e do espírito republicano popular do 14 de abril, que plasmou no feito de que a bandeira da República nom seja a que Lerroux levava no sombreiro. A unidade de Espanha é só umha ficçom oficial, que o unitarismo é incapaz de manter"40. Suscitou o tema do federalismo nas Constituintes Otero Pedraio e quando todos se dispunham a votar favoravelmente, por indicaçom de Alba volverom-se atrás. Impediu que fosse federal o pantasma da soberania levantado polos juristas castelhanos, mas conseguiu-se polo menos que fosse autonomista. "Graças a iso, nom temos ja novamente reinando a um Borbom, ainda que como estám ponhendo os falsos republicanos históricos, fóra de Catalunya, nom pasa dumha República monarquizada na que se descobrem os picos da coroa"41. Afirma que os pactos de Lestrove e Sam Sebastiám quedarom sem cumprir polo que di respeito a Galiza e disso derivam-se todos os males que sofreu a nossa Terra e tamém o facto de que Galiza nom seja, como Catalunya, outro baluarte da Repúbli­ca42.

2.3.3.- O lene republicanismo dos republicanos

Em setembro de 1934 critica aos republicanos históricos, quiçá os mesmos que denomina repetidas veces como viuvos da monarquia casados em segundas núpcias com a república, pola sua falta de convicçons republicanas. Eram republicanos de Riestra em Pontevedra, republicanos de Bugalhal em Ourense, ... e tinham como sumo pontífice a Lerroux. Nom forom estes os que trouxerom a República, senom que a trouxerom "os profesores e mocidades universitarias, as oganizaçons de trabalhado­res, os políticos desenganados e os cidadáns feridos pola ditadura. Cumpre dizer que a opiniom trasumante ajudou a derrubar a monarquia, ja podre e revelhida"43. Estes republicanos, que colaboravam com os monárquicos numha oposiçom arbitrária e convencional, forom os que se apoderarom do Governo da República. Agora buscam umha ajuda dos monárquicos que se prestem a colaborar na oposiçom. "Eles comprometen-se a seguir a política de parches e de remendos, e a nom estrenar jamais um traxe novo, tal e como se vinha practicando nos derradeiros tempos da monarquia. ... Velahí como os monárquicos reconhecerám o novo regime e como se «ensanchará» a República de Lerroux"44. As forças da oposiçom, que nom seguem a dinámica dos republicanos históricos e dos monárquicos ilusos, som Catalunya, Euskadi e Galiza, que "defenderám as esências da República para defender o seu espirito, a sua economía e a sua libertade. ... A verdadeira República virá"45.

Em 1935 critica aos senhoritos reaccionários espanhois porque querem anovar os sonhos imperialistas da monarquia absoluta, caracterizada polo «quero e mando»46, e, por conseguin­te, por imitarem as tendências centralistas desta47, "porque em nome de Deus nem se pode afogar a libre respiraçom do esprito dos homes nem se pode coutar o anseio dos povos que luitan polo seu próprio ser"48. Testemunha tamém que no seo da República abrolham os vezos da monarquia, aos que a poda lhes deu vitalidade49. A monarquia deixou um ronsel de falso patriotismo, ainda presente no ambiente espanhol, "porque ainda sobrevive na consciência de moitos homes o culto â memoria de Isabel a Ca­tólica"50. Consoante com este patriotis­mo, "Os que nom queríamos submeter-nos â violência asimilista, que iniciarom os Austrias e Borbóns, éramos uns insurrectos"51.

O domingo 17/11/1935, num mitim em Vilagarcia, afirmou que os galeguistas pregam umha nova relixiom para Galiza, que é o galeguismo. "A democracia ainda emEspanha é umha aspiraçom. Fai umha invocaçom a soberania popular e ataca o sistema centralista-monárquico introducido na República"52.

O domingo 1/12/1935 celebrou-se um importante mitim de Izquierda Republicana com a participaçom de Serrano Batanero, Victória Kent e Casares Quiroga, presentados por Elpidio Vilhaverde, seguido dum jantar no salom de «Casa Blanca» ao que tamém assistiu Castelao, junto com o secretario geral do Partido Galeguista Gómez Romám, e no que, a pedimento do público, pronúncia, na hora dos brindes, umhas palavras. Criticou á monarquia, encarnada por duas dinastias estrangeiras, por desconhecer a variedade dos povos de Espanha, e ao republicanismo unitário, que tampouco soubo chegar á medula dos povos, "porque tanto como as liberdades individuais importan as colectivas: o direito dos pobos a gobernarse de seu.
O federalismo e as fórmulas de auto-determinaçom vinherom posibilitar um entendimento harmónico dos povos que convivem no Estado hespanhol.
A Monarquia forjou um sistema, absolutista e unitário, para imponherse, a República deve modificalo e construir o seu sobre a base das autonomías. Exígeo o instinto de conservaçom"53.

Num mitim celebrado em Muros, o 15/12/1935, no que compartia cartel com Victor Casas, Álvarez Galhego e Suárez Picalho, defende as autonomias e o federalismo "dicendo que nom pode ser bom republicano quem nom sexa autonomista e viceversa. Qualifica de divorciados da monarquía e casados em segundas núpcias com a República aos que chamándose republicsnos fam canto podem porque a República nom troque a súa estrutura centralista"54.

2.3.4.- O centralismo como problema

Em 1937, considera que a Constituiçom de 1931 foi um projecto fracassado, porque os parlamentários nom forom suficientemente generosos para estabelecer umha república federal, pois no fundo continuavam a ser monárquicos. A República nom foi federal porque "os viuvos da monarquía -casados em segundas núpcias com a República- nom consentirom que a Soberania baixase do seu trono imperial. Se o Estado, sentindo-se generoso, concede-se umhas migalhas do seu Poder a certas regions descontentas, entom a mesma Soberania monárquica converteriase em Soberania republicana; mais se os povos diferenciados acordaram unirse voluntariamente para constituírem umha nova Soberania de Espanha, entón -¡que catástrofe!- a República nom tería nengumha semelhanza com a monarquia"55. Os Áustrias e os Borbons, importadores do cesarismo unitário e centralista, provocarom o desarraigo dos espanhois com a missom histórica da monarquia. "Desde que reinarom na Espanha as dinastias estrangeiras dos Austrias e Borbons -importadores do cesarismo unitário e centralista-, os espanhois nom podian sentir-se identificados com a missom histórica da monarquia, porque a política dos reis tinha por norte afogar a libre respiraçom dos povos, tradicionalmente autónomos"56. A primeira República morreu por nom ser federal, e desde entom "«monarquia» quer dizer «imperialismo», «uniformismo», «centralismo», e «república» quer decir «descentralización», «autonomías», «liberdade»"57. Com todo, o problema de fundo máis que monarquia/república é o de centralismo/descentralizaçom. "Com o sistema unitário e centralista -liberal ou despótico, monárquico ou republicano- teremos sempre umha participaçom no reparto das misérias, das fames, das devedas e demais alifaces gerais"58. Os patrioteiros centralistas comungam com a «sagrada integridade da pátria», perderom o imperiocolonial, causarom a desintegraçom peninsular e dispunham-se a perder as melhores regions espanholas. "Asi foi a patrioteria monárquica; mais a República tampouco comprendeu os problemas espanholísimos de Catalunya, Euscadi e Galiza. Tamén a República foi incomprensiva e torpe, negándose a ser federal"59. O centralismo monárquico "podería persistir na teima de corromper e asimilar a alma dos povos da periferia, valéndose de escolas disociadas do ambiente e disociadoras da vontade colectiva; mais esta nosa República, que atrasa canto pode a liberdade política dos idiomas regionais, nom tem direito a atrasar a soluçom do problema pedagógico posicionado nos povos bilingües de Espanha"60. O republicanismo é um regime em si máis puro, e daí que o republicano verdadeiro nom se deve contagiar dos vezos revelhidos e deformadores do caciquismo: «pucheirazos», actas falsificadas, ...61. O agrarismo galego foi o primeiro caso de organizaçom campesinha em «Espanha», e ía dirixido contra os foros "mais principalmente ía contra o sistema caciquil da Espanha monárquica"62.

O 14 de abril -di em 1937- caiu a monarquia mais nom chegou a república, porque nom se pode chamar tal a um regime que nom soubo controlar aos militares monárquicos63. O seu derrubamento, conseqüência do desprestígio64, foi obra de monárquicos, revirados contra Dom Afonso, "e como prova velahi tedes a umha Espanha sem rei e sem republicanos"65. Frente á intransigência serril dos monárquicos e a tolerância regateira dos republicanos, Castelao advoga pola solidariedade fraternal dos federalistas porque a questiom catalana, vasca ou galega nom é um delito que deva reprimir-se nem umha doenza que poda curarse, senom "umha prova da vitalidade dum órgao que reclama garantias legais para funcionar dentro do Estado. E tal Estado nom pode ser o artefacto, ja descomposto, que a República recebeu da monarquía, senom a resultante funcional dos seus vários órgaos nacionais"66. Os estadistas da República, "obedecendo â lei de sucessom de feitos contrários, queriam asentar o novo regime em princípios de liberdade..., princípios que a monarquia vulnerara e desvirtuara por serem incompatíveis com o sistema unitário e centralista"67, sistema este defendido nom só polos monárquicos senom tamém polos republicanos, cegos -dirá em 1940-, para nom ver que umha «Espanha» única, sem liberdades regionais, já nom é a «Espanha» dos grandes feitos68. No retábulo das Cortes Constituíntes da segunda República, a figura de Besteiro estava diminuída pola presência dos Reis Católicos, mais, além diso, o salom de sessons tinha mai centralista. "Com todo é preciso reconhecer que o velho sistema unifica­dor e centralizador da monarquía -infiltrado solerminha­mente no corpo recem nacido da República- nom tivo máis remédio que pactar algumhas aspiraçons contrárias, insobornáveis e inven­cíveis. Assi abrirom-se as portas da Constituiçom para ini­ciar-se em Espanha umha época renovadora. O centralismo ficou ameazado de mor­te pola virtude dumhas verbas estampadas na Constituiçom"69.

Galiza cometeu um erro -segue dizendo Castelao em 1937- em nom organizar umha política própria e egoísta para defender os seus interesses e impor respeito ás suas demandas. "Por falha d-umha política galega abusou de nós a monarquía e tamén abusou a República"70. Por um excesso de generosidade aceptamos o sistema nivelador do ensino, "como nos tempos máis recuados da monarquia borbónica"71. Foi esta tamém a que nos tempos da restauraçom criou o falso caciquismo, por necessidade vital sua e do centralismo, "para disimular os jeitos antigos com aparências de democracia parlamentária"72.

Nas intervençons públicas de Castelao durante a Guerra Civil e nomeadamente nos anos 1938-1939, tamém se contenhem alusóns referentes á monarquia espanhola, que tem como aliados os inimigos do povo: militarismo, clericalismo e feudalismo, que "se sentem orgulhosos de conservar nos pregas da sua carne os piolhos de Filipe II e marchan cara á morte tras a camisa suja de Isabel convertida outra vez em ensenha da Pátria"73.

Numha conferência pronunciada o 17/12/1938 na Universidade da Habana fijo um tratamento histórico do tema monarquia-república, defendendo que desde que reinarom em Espanha as dinastias dos Áustrias e dos Borbons, importadoras do cesarismo unitário e centralista, "os espanhois nom podiam sentir-se identificados com a missom histórica da monarquia porque a política asimilista dos reis tinha por fim a doma e castraçom da vontade popular. Por isto a vontade do povo opuxo aos propósitos da monarquia sua forza mágica e invencível e a unidade espanhola no chegou a ser máis que umha de tantas ficçons oficiais"74. Mais isto mesmo aconteceu tamém com o republicanismo dos primeiros tempos, de origem francés, respeitoso com os direitos individuais mas nom com os colectivos, que seriam acarretados polo federalismo, ao que se adherirom os republicanos dos povos diferenciados, "e desde entom monarquia quixo dizer «centralismo» e república quixo dizer «descentralizaçom».
Por tanto, aqueles republicanos que todavia defiendem o sistema unitário e centralista parecem monárquicos disfarçados, ou o que é pior: viuvos da monarquia casados em segundas núpcias com a república"75. Quando se derrubou a monarquia borbónica todos os republicanos históricos, incluído Lerroux, se declararom pimargalianos porque sabiam que o unitarismo e o centralismo eram próprios dum regime autoritário e monárquico dentro do qual umha república ficaria desvirtuada nas suas esências. Mas a república do 14 de abril nom se estruturou conforme a princípios federais, polo qual se pode dizer que esse dia nom veu a república senom que caeu a monarquia, "porque se pudrirom os suportes que a sustinham e ninguem se atreveu a levanta-la ou a suste-la"76.

2.3.5.- Superaçom da república unitária

O republicanismo em Espanha naceu federal e ainda o foi no 73, por efeito dos princípios filosófico-políticos que sustentavam os seus iniciadores, em oposiçom ao despotismo monárquico. Na história do republicanismo sobressai Pi i Margall que dizia que preferia umha monarquia federal a umha república unitária, pois, segundo el, as repúblicas podem ser tam detestáveis como a monarquia, se nom aseguram sobre bases sólidas a liberdade e a autonomia dos grupos que constituem umha naçom. A república do 73 morreu porque conservou os moldes da monarquia, do unitarismo e do centralismo, ademais de ser um ensaio de anarquia, da qual o recordo nom propiciava novas revoltas libertárias, o qual facilitou a consolidaçom da monarquia da restaura­çom77. Frente á intransigência dos monárquicos e a tolerância dos republicanos, está a solidarieda­de que pregoam os federalistas como Castelao, que considera que a república unitária prolongou a ficçom unitária que inventou a monarquia e nom se liquidou ao seu devido tempo o uniformismo monárquico. Os velhos republicanos, do seo dos quais sairia Antom Vilhar Ponte e Lois Porteiro Garea, ensumidos no morrinhoso ambiente dos Concelhos municipais, ficarom ociosos e sem capacidade para ferirem a monarquia78. Muitos republicanos -afirma em 1940-, "sentirom o derrubamento da monar­quia, por­que viviam esclusivamente para combatila"79. Em concreto, os republicanos da Corunha eram "pezas do jogo monárquico, que os enquistou e enervou para que jamáis foram capaces de enviarem âs Cortes da monarquia um Diputado de filiaçom republicana"80. Os republicanos nom tiverom aços para minarem o campo da monarquia nem ardimento para republicanizarem «Espa­nha»81. Em caso contrário, e se tivessem fe no advento da República e nom colaboras­sem com os monárquicos, os republicanos galegos tomariam a posiçom de Pi i Margall, "que por ser catalán sumouse ao catalanismo"82.

Os valedores da República cometerom o erro de nom fortalecer a governaçom civil para contraponhe-la á militar, e "deixarom a República sobre os suportes em que se sustinha o despotismo monárquico"83. No que di respeito á língua, no artigo 4º da Constitui­çom do 31 sobrevivia a intransigên­cia monárqui­ca84. Para Castelao a monarquia espanhola dos Áustrias e dos Borbons, veu romper a antiga tradiçom das liberdades dos povos hispanos, mais a República "conservouse nos velhos moldes da monarquia e a orgaizaçom unitária da República originou, â súa vez, a orga­izaçom unitária do alçamento"85, e, por isso, o republicanismo tampouco chega a colmar os anseios democráticos dos homes da península, sem dúvida por ser renitente a reconhecer as liberdades dos povos de «Espanha». O centralismo acrecentou-se com Fernando VII que  criou a divisom provincial, um sistema arbitrário e irracional86, com umhas Deputaçons provinciais e uns Governos civis, dos que a "nulidade e incapacidade eram proverbiais"87. O sistema monárquico centralista servia para colocar aos incompetentes. O qual demostra que nisto nom se cambiou nada e nos dias de hoje -2014- continuam sendo instituiçons clietelistas e ninho da incompetência e o nepotismo.  "No tempo da monarquia os Gobernadores eram uns homes velhos, escarolados e fracasados, que por serem amigos dum Ministro e nom servirem para nada mandávanos a reger umha província; mais exigíam-se-lhes condiçons que suponhiam umha certa experiência da cousa pública"88.

A Constituiçom de 1931 tamén  responde aos "moldes unitários borbónicos"89, di em 1940. Neste ano escrebe-lhe umha carta a Salvador de Madariaga na que lhe confesa que o desastre da República doelhe máis que o seu proprio desastre, e acrecenta em relaçom aos políticos republicanos: “E agora vejo que aqueles terríveis intansigentes e provocadores que desprezavam a opiniom silenciosa da maioria -facil de conquistar para a República- estám desejando umha restauraçom da monarquía com tal de que podam regresar á boa vida”90.

2.3.6.- Violaçom das liberdades polo absolutismo monárquico

O 25/07/1942, A Nosa Terra, publica um artigo seu titulado «A Liberdade», no que desenvolve a concepçom risquiana, defendida em Políteca do noso tempo, de que a democracia em Espanha procede das democracias comunais das vilas e cidades da Idade Madia com as súas autoridades eleiticas e as súas cartas de direitos91. Segundo Castelao, os sistemas democráticos e liberais de governo em Hespanha som anteriores ao despotismo, e chamavam-se Pardo de Cela em Galiza, Padilha em Castela e Lanuza em Aragón. As liberdades de Espanha forom exercidas polos governos livres e representativos dos vários grupos institucionais. "Forom liberdades colectivas, mais capaces de darem liberdade aos homes e â súa consciência.
O absolutismo violou as tradiçons democráticas e liberais para que todos os asuntos foram dar ao despacho do Rei -única autoridade- e assi vemos que um proceso absolutista, em esência, nom se diferência do proceso unitário e centralista, importado da vicinha Franza"92.

A monarquia estrangeira que governou em Espanha -dirá em 1943- tivo sempre un ideal centralista e unitarista, umha política opressora, "encaminhada a matar, por asfixia, todo canto nom fose castelhano"93, política prosseguida nos nossos dias polos castelhanos. Com todo,  "nom se pode negar que o republicanismo galego era federalista e incompatível com o herdo unitário da monarquia"94.

Em 1943, manifesta ter esperanza em que despois de Franco se chegue a suprimir o regime unitário e centralista, pois é doado crer que Franco mate o regime unitário, como Primo de Rivera matou a monarquia95. Esta monarquia dispunha dos estados como se fossem a súa finca particular e só com a revoluçom francesa chegou a naçom a protagonizar a história do próprio país. Os "Estados europeus eram a resultante do direito de conquista ou do direito de sucessom monárquica, e que só despóis das guerras napoleónicas se sentiu, por primeira vez, o estremecimento das nacionalidades"96.

A luita que levamos -di em 1943-, com os falangistas, requetés e monárquicos, fai preciso que nos ajuntemos com os restantes republicanos, em amalgama circunstancial, mais nom estamos dispostos a volver á falsa democracia do 31, "para «continuar a historia»"97. O absolutismo dos reis estrangeiros, avassalou as liberdades locais e corporativas, que representavam a sabedoria e a prudência de «Espanha». Os povos de «Espanha» exaltarom o poder real, entregando-se a reis absolutos para fugir do desbarajuste ao que os levarom os nobres, mais esta entrega ao centralismo só provocou pobreza e apoucamento. Por outra parte, o constituciona­lismo que impuxerom os liberais nom foi máis que umha grosseira mistificaçom da liberdade, umha tapadeira de métodos absolutistas98. "¡Que máis dâ absolu­tismo que centralismo! ... A monarquia de direito divino entregoulhe os seus poderes a um Estado absolu­to, regido por homes de clase media, que em vez de irem ao povo imitavan â nobreza"99. Castelao nom só condena a monarquia absoluta, senom tamém o republicanismo anarquista e o federalismo estadounidense. "Imperia­lismo católico, monarquía absoluta, despotismo ilustrado, constitucio­nalismo francés, liberalismo centralizador, republica­nismo anarquista, federa­lismo esta­dounidense ... ; todo iso é palha morta. O período absorvente que vai da camisa suxa de Isabel I â camisa perfumada de Isa­bel II, deixounos umha Hespanha inconstituída e sem sentido co­mum, inepta políticamente, mais capaz das máis tolas violên­cias"100. Discorre -neste ano de 1943- como se vivesse em vésperas dum novo período constituínte, arredado por um lado do leguleismo republicano e por outro do constitucionalismo monárquico101. Cita um texto de Azorím, que julga um canto á diversidade em Espanha e manifesta que coincide com a súa linguagem, que seria condenada com sanha de inquisidores polos responsáveis da política espanhola, tanto monárquicos como republicanos102.

O 18/04/1943, no acto republicano celebrado em Montevideu, dixo que o republicanis­mo espanhol tem a obrigaçom de luitar contra "o cesarismo unitário e centralista, importado em Espanha por déspotas estrangeiros, dos quais só Franco merece ser representante; e que as instituiçons republicanas haberám de ser verdadeiramente espanholas quando sobre a cabeza dos nossos lexisladores descenda o espírito de dom Francisco Pi i Margall"103. No terceiro libro do Sempre em Galiza, escrito em 1943, repite noçons já expostas no artigo «A liberdade», segundo as quais em Espanha, o sentimento de liberdade e de independência, nom é produto da Revoluçom Francesa, senom -como já dixera em xulho de 1942-, um eco distante das velhas tradiçons espanholas, que forom violadas polo absolutismo, que consolidou o centralismo104.

2.3.7.- Oposiçom á restauraçom monárquica

O 29/11/1943, em carta a José Antonio Aguirre, presidente do Governo vasco, manifesta-lhe que considera irracional o que se di sobre a restauraçom da monarquia em Espanha, porque "com doce anos de república ja se ha perdeu o respeito á realeza e sem ese respeito nom hay monarquía possível"105. Só é possível achar o sossego que buscamos na democracia republicana, baseada na liberdade.

No mes de outubro de 1944, num artigo publicado em A Nosa Terra, com o título «O problema ferroviariode Galiza», referido á marxinaçom em estruturas ferroviá­rias que sofre a nossa Terra, di: "Calquera comprende, despois do que relatamos, que o centralismo, seja monárquico ou republicano, liberal ou despótico, nom romperá jamais o bloqueo comercial dos portos galegos e, por ende, a preteriçom de Galiza"106.

Conhecidos os acordos do Governo vasco presidido por José Antonio Aguirre, reunido em Nova Iorque o 2/03/1945, no que ratificou o programa do Governo de Euskadi aprovado em Gernica em outubro de 1936 e ampliado em París em maio de 1940, o Conselho de Galiza, presidido por Castelao, celebrou umha reuniom em Montevideu o 19 de abril de 1945 na que mostra a súa compenetraçom com o Governo vasco e as Forças Organizadas de Catalunya e convida ás agrupaçons e personalidades republicanas no exílio a depor as súas diferênzas pois as forças do interior reclamam a uniom dos exiliados. "As bases de uniom fijadas polas forzas do interior, som as seguintes:
1º Recuperaçom da ordem republicana e simultáneamente estabelecimento das autonomias de Eusadi, Catalunya e Galiza
2º Compromiso formal para a implantaçom dumha República Federal. ...
O Conselho de Galiza, ante a ditadura de Franco e a Falange e ante as pretensons monárquicas que agora se agitam, reafirma umha vez máis a sua inquebrantável fe republicana e democrática"107.

Castelao considera -marzo 1945- que som absurdas as pretensons de Madariaga dumha restauraçom da Monarquia apoiada por Inglaterra, desde o momento em que em Espanha se perdeu o respeito pola realeza108.

Galeuzca de Montevideu celebrou, nesta cidade, em 1945 um acto conmemorati­vo do 8º ano do martírio de Guernica, cidade bombardeada intensamente polas tropas nazis o 26/04/1937, ao que assistiu, por parte galega, umha delegaçom de Galeuzca de Buenos Aires representada por Castelao, que tamém pronunciou um discurso, ao igual que Vicente de Amézaga, presidente da agrupaçom uruguaia de Galeuzca, o deputado vasco José Maria de Lasarte e Francisco Bergós Ribalta em nome da colectividade catalana. Nel Castelao, após sinalar como culpáveis do massacre aos alemáns em conivência com os franquistas, sublinhar que Gernika com a sua árvore lendária simbolizou a través dos séculos a liberdade e a santa democracia, e que os seus árvores velho e novo som símbolos respectivamente das velhas e da nova liberdade que dentro de pouco desfrutará o povo vasco e todos os povos de Espanha109, afirmou que dizer "que Galeuzca é umha organizaçom ilícita por separatista vale tanto como defender a forma absoluta e totalitária da Monarquia regida polos Áustrias ou condenar a esência originária do republicanismo espanhol que nasceu federal e só como federal poderá consolidar-se"110.

O dia 30 de xunho de 1945 celebrou-se um mitim no Ateneu de Montevideu, em que fixo a sua presentaçom pública o Conselho de Galiza, criado o 15/11/1944, e no que pronunciarom discursos o presidente da Casa de Galiza em Montevideu, Sr. Luna; o Dr. Guisande e os deputados Alonso Ríos e Castelao. Este, num importante discurso, dixo, refletindo conceptos expostos por Galeuzca do interior em febreiro de 1945111, que o home nom é um ser abstracto, senom um ser concreto enraizado numha realidade nacional. "Ora bem: a liberdade só é possível na democracia, e é por iso que nós somos partidários decididos da democracia. Mais na Espanha, ademais, a democracia só é viável dentro do sistema republicano, e é por iso que nós somos partidários incondicionais da República; mais a República tem a obrigaçom de resolver o problema da verdadeira liberdade para todos os espanhois, e esta liberdade de todos os espanhois seria falsa e enganosa se os galegos nom fosemos libres, ou os vascos e catalans nom fosem libres. E a República nom tem máis que umha maneira de garantir esta liberdade de todos os espanhois e é unindo os povos diferenciados dentro dum Estado harmónico, no qual estes povos tenham a mesma intervençom e dentro de cujo Estado o home se sinta protegido e satisfeito com a sua lei, que em Espanha ha ser vária, como som várias as suas realidades nacionais"112. Pi i Margall afirmou que preferia umha monarquia federal a umha República unitária, mais "nós nom dizemos o mesmo porque cremos que umha monarquia espanhola jamais seria federal e sempre seria máis intolerante e máis intransigente que calquer República"113.

Nesse acto, Castelao critica duramente a discórdia dos repúblicos espanhois, especialmente, ainda que sem cita-los polo seu nome, a que sustenhem Indalecio Prieto e Negrín, numha guerra de injúrias que só pode beneficiar a Franco "e aos monárquicos á espreita"114. Se nom se cria umha soluçom republicana solvente e responsável e, por deficiências orgánicas do republicanismo espanhol, se fixer possível a restauraçom monárquica em Espanha, deixando latente a guerra civil e estéril toda esperanza renovadora, os republicanos exiliados assumiriam umha grande responsabi­li­dade ante os espanhois do interior115.

Durante a sua estância em México, para assistir á sessom de Cortes republicanas, foi convidado a falar -outubro 1945- no aniversário do fusilamento de Companys, junto co vasco Irujo, os cataláns e os republicanos espanhois. A súa elocución suscitou um enorme e prolongado aplauso cando dixo  que “juramos morrer no desterro antes de alargarlhe a man aos que empequenecerom e deshonrarom a Espanha”116, que suponhia a oposiçom a entenderse cos monárquicos para convocar eleicions gerais que decidisem se Espanha era monárquica ou republicana, como proponhia o sector prietista, e tamém a um entendimento directo com Franco, como insinuou Fernando de los Ríos. Em alusom á intervençom de Prieto nas Cortes republicanas de México, favorável a umha entente cos monárquicos, declarou: Nom “se comprende que a estas alturas poda um verdadeiro republicano planear o dilema ante a monarquia e a república, falando dum plebiscito que ja se celebrou desde que o mesmo Franco nom foi capaz de restaurar a monarquia”117.

Aguirre contesta-lhe a umha missiva da Pasionária com data 21/12/1945, por mediaçom de Leizaola, propondo como soluçom a ampliaçom do Governo sem excluson de nengumha força pola esquerda e pola direita, em vez do Governo de coaligaçom nacional proposto polos comunis­tas118. Castelao, xa conhecedor da posiçom de Aguirre, responde-lhe a Dolores Ibarruri com data 9/01/1946, desautorizando a idea do plebiscito, "... e menos para dilucidar se Espanha é monárquica ou republicana. Esa nom foi a questiom que originou a guerra civil e de telo sido, ja quedó bem dilucidada com só ver que Franco nom se atreveu a restaurar a monarquia"119.

O 15/01/1946 contesta-lhe a Pi i Sunyer, presidente do Consell Nacional de Catalunya, aclarando-lhe que Galeuzca nom funcionou na tramitaçom da crise, ao formar-se o Governo Giral, pois sob pretexto dumha cautela desnecessária, desprezou-se a oportunidade de fazer valer a força política do galeguismo, tal vez decisiva, frente ao desarranjo dos demais grupos. Só na solidariedade de cataláns, vascos e galegos reside a garantia, já de por si relativa, das nossas futuras liberdades. Mais "eu vejo que sempre cedemos ás exigências dos centralistas nós, os iguais, para criar umha acçom salvadora. Por cautela ou complejo de inferiori­dade suportamos calquer disparate, como o consustancializar a Constituiçom com a República, sendo ésta anterior y superior, ocultando que o nosso verdadeiro ideal está numha Confederaçom de Repúblicas hispanas ou ibéricas e nom no régimem de estatutos"120. Manifesta que se se opom á componenda monárquico-republicana nom o fai só por puro republicanismo ou esquerdismo demagógico, senom por defender o interesse nacional de Galiza, Catalunya e Euskadi, "pois calquer convénio que se celebra-se com as forzas do outro lado, incluso as que agora se deu em chamar «neutras», só nos conduciría a umha simulaçom democrática, para consolidar o totalitarismo de Franco"121. Manifesta que nom é um supersticioso da República que é um medio e nom um fim, “mais creo que devemos defende-la com dentes e unhas, pois para nós Espanha nom está por acima da República, como acaba de dizer Prieto, e sabemos moi bem o que esta frase significa”122.

2.3.8.- A república e Galiza como prioridades

Na sua correspondência com Portela Valhadares -fevreiro 1946- maníestalhe que “A República está em grave perigo porque os republicanos nom dan umha soluçom séria ao problema de Espanha, e como a monarquia é o régime máis endével que se pode maginar para o caso, é natural que tenha partidários em inglaterra; mais a monarquia nom se tem em pé por máis que se faga para darlhe vida, e nem o mesmo Daily Herald será capaz de curarlhe a hemofilia que padece123. Considera negativo que se opte por ela pensando que despois será fácil derrubala, porque despertará umha serie de prevençons para nom consentir que a derrubem e ademais abriríase na Espanha um estado de incertidume e desconfianza como nunca existiu. Nom hai ideal máis caro que o de salvar a República, aínda que iso nom é para nós o primeiro senón Galiza. A “minha ideia resúmese em duas verbas: República e Galiza”124. Quiçá deveria aprender disto o Senhor Beiras e o sector federalista de Anova e pensar no dano que ja lhe irrogarom a Galiza coa sua entente e reforzo de posicionamentos estatais em detrimento das forzas nacionalistas, sem nada a cambio, e que somente pode ter como finalidade um reforço dos posicionamentos de IU. Deveriam ter claro que após a recuperaçom da república, seja esquerdista, direitista ou centrista, o problema da Galiza ficaria totalmente en pé.

O 22/03/1946 foi elexido ministro da República no exilio num governo presidido por José Giral, com sede na Franza, junto com o comunista Santiago Carrillo e o republicano de direitas, Sánchez Guerra. A monarquia -marzo 1946- “nom se tem em pé cando surgem os republicanos clamando justiça e nom adoptan umha linguaxe anacrónica e iracunda”125. O trabalho na Franza terá como funçom nom só recuperar a república senom a autonomia de Galiza e a adhesom das colectividades de emigrados galegos.

O 28/06/1946 celebrou-se um grande mitim no Centro Asturiano, patrocinado pola Federaçom de Sociedades Galegas, os Centros ourensán, lucense, pontevedrés e corunhés, e o Centro Galego de Avelhaneda, em conmemoraçom do décimo aniversariodo plebiscito estatutário, com assistência dumha grande multidume de gente, com a presênça do ministro da República, Castelao; os demais membros do Conselho de Galiza; o Dr. aldasoro, vasco; o Dr. Serra Moret, catalám; os delegados das entidades galegas de Rosário, Mendoça, A Prata e do Uruguai e as autoridades das entidades organizadoras e aderentes ao acto. Pronunciarom discursos o Presidente do Comité organizador, D. Antom Alonso Pérez; o Dr. Núnhez Bua; o Dr. Ramon M. Aldasoro, polos vascos, que negou que fossem separatistas; o Dr. Serra Moret, polos cataláns, que afirmou que o que importa é que as pátrias sejam livres e fagam os seus próprios destinos; José B. Abraira, membro da Comissom organizadora, e logo «o grande líder Castelao». "«A nosa Pátria -dixo- é completa, é perfeita; nom é grande nem pequena, é como o sentimento que dela temos no corazón». «Minha pátria Galicia, meu estado Espanha»"126. Acrecentou que hai que buscar umha soluçom política para Espanha, falou da pretendida imoralidade de consultar ao povo sobre o que este quer e afirmou que o problema de Espanha é um problema de democracia e de liberdade. A monarquia nom pode dar a autonomia mais si a República, com tal de que seja democrática.

2.3.9.- Instauraçom dumha democracia republicana

Em 1947 dirá Castelao que é dificultoso converter o centralismo em federalismo mais tam esencial como "pasar do absolu­tismo ao constitucionalismo, da monarquia á república, da opresom á liberdade"127. A monarquia sempre se opuxo aos movimen­tos autonomistas de Espanha128, mais tamém forom mal compreendi­dos pola República129.

O 21/01/1947, Castelao fixo, no Conselho de Ministros, umha árdua defesa do Governo presidido por Giral, nesse momento ameazado de continuidade, defesa na que ficou só apesar de que, -dirá máis tarde-, tinha toda a razom130. Lamenta que nom se pudesse ter chegado a umha uniom pactada e sentida de todos os elementos republicanos em base a: "primeiro derrubar a Franco e despois estabelecer em Espanha umha democracia republicana"131. Critica, em referência a Prieto, aos que se burlam da lexitimi­da­de do Governo e se atrevem a declarar caducas todas as instituiçons republicanas, desejando que este Governo se suicide para que poda resucitar a Junta Espanhola de Libertaçom. Considera que se comete um gravíssimo erro para com o Governo com umha crise, justo quando acaba de conseguir um grande éxito na ONU e obtivo o reconheci­mento diplomático de vários países, e o maior de todos: "o reconhecimento que fixo Franco desde os balcóns do Palacio de Oriente, ante umha multidume de fanáticos"132. Considera que a queda do Governo pode trair males irremediá­veis e declara que para el este Governo é sagrado. Umha crise, posicionada nestes momentos, nom só serviria para reavivar no exílio as discórdias senom que nom fariamos honor aos reconhecimentos diplomáti­cos que temos solicitado e obtido. Este governo deve durar até que se implante na Espanha umha democracia republicana, evitando que, despois da queda de Franco, se implante em Espanha umha política pseudodemocrática, monárquica, monarquizante, reaccionária ou impopular. A queda do Governo vai propiciar, segundo Castelao, que se produza o derrubo da fe dos republicanos exiliados e que muitos comezem a repatriar-se, perdendo a vergonha que antes tinham de entrar num consulado espanhol. "A muitos emigrados ouvíalhes dizer : «Quero ir alá, mais mentres nom se restabeleza a República nom devo face-lo»; mais agora van, e venhem despedir-se de mim, oferecéndo-se-me a levar algumha carta, encargo ou o que seja"133.

2.3.10.- Fracasso da política monarquizante

Em outubro de 1947, Prieto e Gil Robles reúnem-se em Londres com objecto de lograr um acordo de socialistas e monárquicos para derrubar a Franco.

Em carta a Manuel de Irujo de 6/10/1947, declara-lhe que considera que a política monarquizante fracassou em Espanha ao igual que, despois do referendo franquista, a idea claudicante dum plebiscito para dilucidar se Espanha é monárquica ou republicana. "Agora só fica em pé a ideia norteameri­cana, exposta por Hayes, contra o restabelecimento da República e contra a restauraçom da Monarquia, pois para os seus planos só lhe convem a continuaçom de Franco mediante calquer promesa de evoluçom cara ao régimem democrático"134. Num arrouto de decepçom e indignaçom manifesta-lhe que se terminou a complacência do galeguismo militante. "E as Cortes parecem-nos tan deleznáveis como os partidos políticos, os prohomes da República ou da Monarquia e toda a Espanha cigana, fenícia, ibérica y berebere, que todo tem menos europea e limpa"135.

Em junho de 1948, a colectividade galega celebrou, como nos anos anterio­res, o aniversáriodo plebiscito de Autonomia de Galiza, e este ano fixo-o reunindo umha magna assembleia, organizada pola Federaçom de Sociedades Galegas, os Centros provinciais de A Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra, o Centro de Betanzos, a Sociedade A.B.C de Corcubiom e a Irmandade Galega. A comemoraçom consistiu num banquete que tivo lugar no salom da Federaçom de Sociedades Galegas, ao que assistiu o "máis selecto da nosa colectividade e destacadas personalidades vascas e catalás"136, arredor de mil persoas que enchiam o local. Presidiam Castelao com a súa dona, Antom Alonso Ríos e Elpidio Vilhaverde, as delegaçons de Euskadi e Catalunya presididas polos Drs. Basterrechea e Pelaio Salas, Maruja Boga, os representantes da Comissom organizadora, presidida polo Sr. Ucha e os representantes da imprensa galega e arxentina, especialmente convidados. Enviarom a súa adessom grande número de entidades galegas da América. Pronunciarom discursos, D. Manuel Ucha, presidente da Comissom organizadora, que dixo que o galeguismo nom é património de nengum partido político, "é um velho e vasto movimento espiritual, que involucra todo um rimeiro de problemas políticos, económicos, lingüísticos, culturais, sociais, etc."137, e a «esgrévia figura galega», Castelao, que dixo que o discurso que devia pronunciar está contido de forma sintética pero completa no preámbulo do Estatuto de Galiza que acaba de ser distribuído entre a con­corrência, recomendando a súa leitura porque nel estám compendiados os feitos básicos que fundam o direito de Galiza á autonomia138. Acrescentou que el "é um home de todos os partidos, um patriota galego e republicano «inatacável polos ácidos e infusível ao soplete»... todo canto nós fagamos tem que ser a base de republicanis­mo; coa monarquia, nada; os nosos anseios esperam a terceira república. ... Hai quem está desejando a restauraçom da monarquia, mais nós nom aceptamos máis régime que a república. ... «Abrace-se Prieto com Gil Robles ou pase o que se queira, a Monarquia na Espanha nom se poderia restabelecer. ¡Pobre de quem faga a restaura­çom!»"139. A seguir, afirma que na terceira república os galegos tomare­mos a iniciativa para implantar a República Federal e incita a todos os galegos que se juntem numha estreita irmandade, «que nom seja um partido -recalca-, senom um movimento patrióti­co»"140

O 25/08/1948 tem lugar a entrevista entre Franco e Dom Joam para tratar da formaçom de Joam Carlos, e o 30/08/1948 assina-se o «Acordo de Sam Joam de Luz» entre socialistas, representados por Prieto, e monárquicos, representa­dos polo Conde dos Andes. Este pacto, de 8 puntos, deixa a organizaçom política definitiva de Espanha para umha consulta á «naçom»141.

Este pacto entre socialistas e monárquicos era mal visto por Castelao, que o qualificará de «contubérnio». 

2.3.11.- Conivência dos vascos co contubérnio monárquico-republicano de Prieto

Em carta ao seu curmám Ramom Somoça de 20/09/1948, reconhece que as relaçons com os governos vasco e catalám estám em crise, que el explica dum jeito distinto a Ramon Pinheiro, que considerava que o Conselho de Galiza nom cabia no esquema desenhado polos americanos para despois da guerra que incluia a recuperaçom das instituiçons republicanas e o abandono da idea da República confederal ibérica, o que motivaria o rejeitamento de Pi i Sunyer a formar um governo catalán e a assinar o Pacto Galeuzca. Castelao explica que esta crise se deve a que Galeuzca nom é do agrado dos socialistas, agora integrados no Governo vasco, que consideram aos galeguistas um lastre em Galeuzca por nom ter-se promulgado o seu estatuto de autonomia, e ademais em que puxerom as súas esperanzas no convénio ou contubérnio monárquico-republicano de Prieto. "Calquer pacto tripartito -vasco, catalán e galego- nom consentiria o libre jogo que venhem realizando os nosos amigos, a favor do direito que lhe foi reconhecido, e resultava-lhes máis cómodo prescindir de nós, que somos a parte ainda nom reconhecida. A história de Galeuzca no desterro puxo em evidência o egoísmo dos vascos e cataláns, que jogan á política de possibilidades aínda que presumam de grande pureza nacionalista"142.

Em novembro de 1948 insire A Nosa Terra o discurso que Castelao pronunciou com motivo do XXVII aniversárioda criaçom da Federaçom das Sociedades Galegas, no que louva o seu liberalismo que a levou a abraçar a causa republicana, quando a monarquia estava em pé e sustida por um respeito tradicional. Hoje o republica­nismo já nom é privativo da Federaçom mais foi ela a que republicanizou a nossa colectividade, que é hoje o melhor puntal da causa republicana. "E que todos saiban que para nós hai dúas verbas sagradas: República e Galiza"143.

Em junho de 1949, com motivo do 13º aniversário, Castelao, já vítima dumha dor física, produzida polo cancro que o tem postrado no leito desde março, que nom lhe permite coordenar bem as ideias, dirigiu umha mensaje aos galegos de Bos Aires na que promete falar dos acaecimentos que padece a colectivi­dade galega, "pois estou no segredo das manobras, e conhezo bem aos alacráns que as dirixen. O ataque vai contra o galeguismo organizado da nosa colectividade e em benefício dos franquistas e monárquicos. ... é um ataque dirigido principalmente contra o republicanismo. ... Velahí por que eu, no día de hoje, denúncio como traidores a cantos sementan a discórdia na nosa colectividade, injuriando e calumniando o galeguismo, com o único objecto de servir aos inimigos da República democrática e liberal"144. Termina sublinhando a importância do galeguismo organizado nom só para defender os interesses de Galiza senom tamén as esências do republicanismo, "que nom podem ser outras que a democracia e a liberdade"145.

2.4.- Valorizaçom dos diversos reis espanhois


2.4.1.- Asmonarquias sueva, galaico-astur e borgonhona

Os suevos criarom a primeira monarquia católica de Espanha146, e, por conseguin­te, Galiza foi a primeira monarquia espanhola147, mais antes de ser estado já foi naçom e antes de ser monarquia já foi república, porque "Galiza nunca foi prédio de Reis porque desde tempos imemoriais estava em poder dos seus filhos"148, e "antes de existirem estas hierarquias ja os galegos cobriam a sua terra em amorosa posesom, e practicavan o princípio que em 1931 recolheu o programa galeguista: «A terra para o Trabalho; o trabalho para a Terra»"149. O rei visigodo Leovigildo seria quem despojou do seu trono ao derradeiro rei de Galiza, e, máis tarde, o rei galego Garcia morreu apreixado por seu irmám Afonso VI, mas a incorporaçom de Galiza ao reino godo foi só eclesiásti­ca. "O derradeiro rei de Suevia foi despojado por Leovigildo e rematou a sua vida no servizo da Igreja, como despóis o rei García de Galiza había de morrer apresado no castelo de seu irmán Afonso VI (tal é sempre a infelicidade política do noso país); mais a incorpora­çom de Galiza ao reino godo de Toledo foi meramente eclesiástica. Conservou o esquema de Estado e nom se alterarom as demarcaçons da propriedade rústica"150. Afonso VI seria quem dividiria Galiza em dous conda­dos151, asigna­dos a Raimundo e a Henrique de Borgonha, casados respecti­va­mente com Urraca e Teresa152, iniciadores da dinastia de Borgonha. O impera­dor Afonso VII é presentado em "Alba de glória" na comitiva dos imortais galegos "com cetro na destra, espada na sinistra e coroa de ouro e pe­drerias nas sens"153. Afonso IX, escrebeu, ao igual que Afonso X, seu neto, e outros enxenhos castelhanos, em galego154, e tanto Afonso IX, como o seu filho Fernando III e o seu neto Afonso X, educarom-se na Galiza155. Afonso X, avó de Dom Dinis de Portugal, foi o compositor das Cantigas. Do reinado de Afonso XI provém a anomalia da falta de representaçom de Galiza em Cortes, "nas que falava Zamora por nós e sem o noso consentimento"156, por ter limitado este monarca, nas Cortes de Alcalá de 1348, a dezasete o número de deputados. 

2.4.2.- A dinastia de Trastámara

Com Joam II comezarom os reis a fomentar o espírito popular, organizando Irmandades de viláns, com a finalidade de mermar o poder dos nobres e acrescentar o próprio. Durante o seu reinado, tem lugar, em 1431, a primeira revoluçom irmandinha157, capitaneada por Roi Xordo que seria sufocada polas tropas reais e episcopais. A política demagóxica de Joam II seria continuada por Henrique IV e despois por Isabel I. "Os reinados de Joám II e Henrique IV decorrerom para Galiza num espantoso desconcerto, no que se malgastou a energia acumulada em séculos de paz e confianza"158. No reinado de Henrique IV estalou, no 1467, a segunda sublevaçom dos irmandinhos, capitaneada por fidalgos, na que a "gente das vilas e cidades libres confradouse cos camponesess para formarem um grande ejército e abatirem os Senhoríos"159.

O testamento de Isabel a Católica, da qual o culto sobrevive na consciência de muitos homes160, foi unionista e nom uniformista161, pois nel nom existe o afám de unificar politicamente Espanha; nom revela umha unidade de Estado e muito menos de naçom. Castela e Leom eram a metrópole dum império no que Galiza nom era serva de Castela senom que figurava como um membro aderido, "como po­de selo agora calquer Estado libre da Comunidade Británica. A Coroa de Castela nom tinha máis atribuçons das que Filipe II ostentou máis tarde sobre Portugal, cando ante as Cortes de Tomar, em 1583, jurou «guardar os foros e costumes da naçom portuguesa, e que o seu  governo, administraçom e economia marcharíam separados do resto das de Espanha». Galiza, polo tanto, seguia em liberdade, existindo de por si, e com máis categoria que o Senhorio de Viscaia ou o Condado de Barcelo­na, posto que era um Reino"162. Isabel nom era raínha de «Espanha», senom dos diversos reinos particulares, por máis que nunca houbesse umha «Espanha» máis grande e máis verdadeira. Considerava perigoso que os seus sucessores violassem a liberdade dos povos de «Espanha», em que cada reino tem leis, foros, direitos, usos e costumes próprios e diferentes e governo próprio, que deve ser ostentado polos seus naturais. Os espanhois nom "vem que os nosos anceios autonomistas cabem folgadamen­te nos preceptos da Carta testamentária de Isabel, estabelecendo só a relixiom católica como base común, como pensamento unifica­dor163. Aínda que passam por ser os forjadores da unidade espanhola, Fernando casou em segundas núpcias para dar-lhe um descendente a Aragom e só á "esterilidade da segunda mulher de Fernando se deve a soldadura de Castela e Aragom"164. Um jeito de actualizar a sabedoria de Isabel, seria a instauraçom, nos nossos dias, dumha República federal165. "Nós atopamos no testamento de Isabel algo que deve ser res­peitado e que pode ser comprido. Somos federalistas e nom esna­quizadores da realidade espanhola, e em acatamento dos feitos que o tempo criou, ja nom discutimos que a Capital de Espanha esteja no Centro ou que a língua do Estado seja o idioma de Castela. O que negamos é o Estado unitário e centralista, sem porvir de justiça nem asomos de normalidade, cujo poder só se presenta aos espanhois em figura de guarda-civil ou de recaudador de contribuçons"166. Os Reis Católicos nom lograrom a unidade espanhola167, só a comezarom, e seria levada a cabo por Filipe II168.

Apesar dunha faceta positiva que Castelao acha no reinado de Isabel e Fernando, critica com dureza a faceta colonizadora sobre a naçom galega . Do Estado de feitura isabelina, provén a decadência de Galiza. O período que vai de Isabel I a Filipe IV é de escravatura política169. O Estado espanhol, que enarvora como insignia a camisa suja de Isabel, produziu a miséria moral e material da nossa terra170. Galiza foi "vencida e asovalhada polos Reis Católicos"171. Nom se pode negar que os Reis Católicos "vencerom e aferrolharom a Galiza, e que a política centralizadora produciu um esvaimento da nosa personalidade, reducindo a nosa língua culta a umha língua rústica-, mais apta para calquer renascência cultural"172. O catolicismo castelhano leva a impronta de Isabel e Fernando, um catolicismo exclusivista, que se aproveita do catolicismo em quanto fomenta o seu egoísmo e orgulho. "O catolicismo de Castela nom é ecuméni­co, senón es­clusivo. Os castelhanos som católicos ao jeito de Isabel e Fernando, que nomeavan Bispos e Dignidades, que anulavan bulas e decre­tos pontifícios e que se converteram em juíces supremos de toda causa canónica"173. A paulinha dos Reis Católicos contra nós foi umha consigna de Estado, produto do maquiavelismo castelhano174, e "umha de dúas: ou nós tronzamos a paulinha dos Reis Católicos ou nom somos dignos de chamarnos galegos; é dizer, ou impomos o respeito que se nos deve ou nos declaramos merecedo­res de todo canto se dijo contra nós"175. É falso que os Reis Católicos abates­sem a tirania dos senhores para buscarem o sossego e benestar da plebe, porque a paz só pode provir dos caminhos da liberdade176. Á morte de Henrique IV, os nobres galegos levanta­rom-­se, se bem o fixerom em defesa dos seus foros177, contra Isabel, a Usurpado­ra178, apoiada polo Conde de Lemos e a cidade de Santiago179, e em prol dos direitos de Dona Joana, a Beltrane­ja180, a quem Isabel lhe usurpara a coroa valendo-se da intriga e da mentira181, respondendo os Reis Católicos a estes actos de rebeldia com a "doma e castraçom do reino de Galiza"182, por tropas castelhanas lideradas por Ladron de Guevara, que remataria com o poder senhorial com a decapitaçom de Pardo de Cela o 17 de dezembro de 1483. A partir dessa «doma e castraçom», a língua galega quedou proibida na Administraçom, nos Tribunais, no ensino, e a Igrexa mesma evitou que nós, os galegos, rezássemos na nossa própria língua183. Como resultado dessa repressom, Galiza ficou incorporada á Coroa de Castela, nom como um reino calquer, senom "submetida a um régime de colónia conquistada e indigna de ejercer direitos políticos. Os Reis Católicos domarom a nobreza e castrarom ao povo para trocarem deste jeito umha forza de touros em forza de bois"184. Nomearom Presidente e Governador do reino de Galiza ao Conde de Alba de Liste, um Virrei com poderes absolutos, tratando "a Galiza e ao noso povo pior que âs Indias e aos indios"185; enviarom a Galiza dous magistrados que "«com ajustiçar o Marechal Pardo de Cela e outros fidalgos» deixarom a autoridade real no seu ponto"186, criarom em 1480 a Audiência de Galiza "«para governar e manter os nossos povos em toda quietude»"187, encomendando-lhe a pacificaçom do nosso país aos xuíces Fernando de Acunha e López de Chinchilha. Os Reis Católicos "apagarom os incéndios e ensumirom a Galiza numha noite de séculos, que algúns cronistas chaman de paz e sosego"188, "tronzarom a nosa grande revoluçom, a que, com o benestar social, nos daria independência política"189.

Máis ruim que o imperiopolítico foi o imperiorelixioso polo que ficamos submetidos espiritual e disciplinariamente á Valhadolid. "A catolicidade de Isabel foi a ganzúa com que Castela entrou a furto em Galiza, submetendo a nosa Igrexa â súa tutela e impondo-nos, desde o altar, a lingua, a cultura, a intransigência e o fanatismo dos castelhanos"190. Aínda que a rainha Isabel estabelecera no seu testamento que os cargos eclesiásticos deveriam ser para naturais do reino, "Fernando e Isabel conculcarom arreo esta manda"191.

Os Reis Católicos -falsificadores de Bulas apostólicas-192, aferrolharom Galiza servindo-se de artimanhas inobres. Levarom para Castela todo quanto significava riqueza, valimento e poderio. Ordenarom que os grandes senhores de Galiza fossem levados a Castela sob pena de morte, com o qual se iniciou a desventura de Galiza. "a desventura de Galiza iniciouse co absentismo dos grandes senhores, imposto polos Reis Católicos para engrosarem a grandeza de Castela e, de paso, elimi­narem as nosas arelas de independência. A súa política arteira e maquiavélica, levounos a ensalçar os nobres galegos cando se tratava de aproveitalos para combater em Granada"193. O "desterro dos grandes aristócratas galegos foi um acto alevoso próprio dos Reis Católicos, que así decapitavam a umha naçom sem que a mesma naçom se enterase, burlando ao mesmo tempo o juiço da historia"194. Dise que a política dos Reis Católicos, com as súas intrigas, deslealdades, a súa carência de escrúpulos, a súa habilidade para conseguir os objectivos da súa retorcida política, foi a que inspirou as cínicas teorias de Maquiavelo. Afondarom o divórcio do povo com os seus aristócra­tas, apuntalarom a estrutura feudal do nosso país, decretarom o absentismo dos senhores galegos, impuxerom a lei do «pau e tente teso» para que a paz fosse a que convinha a Castela, confiscarom a voz e o voto de Galiza em Cortes, e "para que em Galiza nom pudese surgir umha elite natural, capaz de substituir a nobreza do sangue, cega­rom as fontes patrimoniais do noso espírito e da nosa cultura, sub­meténdonos â reitoria moral de Castela"195.

Umha vez submetidos os nobres galegos, os Reis Católicos procura­rom contenta-los para procurar a súa adessom para utiliza-los nas empresas do império. "Ocorreu que os monarcas castelhanos, em vez de premiarem ao povo galego, polos serviços que lhes prestara, «reavivarom a condiçom feudal com que vinha constituída a proprieda­de», trocando deste jeito a precária tirania dos senhores em perdurável e irreprimível tiranía do Estado. E nisto consistiu a verdadeira doma de Galiza"196. A justiça de Castela declarou caducados umha cheia de foros, devolvendo-os aos donos de domínio directo, que despojarom aos míseros labregos ou lhes impuxerom um canom tam subido que facia impossível o trabalho da terra. "Se os Reis Católicos li­berasem o povo galego do senhorio feudal, ja que decretaram a sua doma, ou se Galiza pudese seguir regéndose por próprias leis, usos e costumes, é seguro que o noso campesinho daria o prototipo da justiça social que em Espanha se necesita, em vez de ser umha vítima constante dos usos, costumes e liortas de Castela. Mais, a dizer verdade, o noso país era dono de fondas tradi­çons e mal podia caber no Estado vandálico, que criarom os Reis Católicos"197. Os nossos labregos, por si sós, forom capaces de ali­geirarem a carga das suas terras, "mais jamáis nos consolaremos de ter caído baijo o jugo e as frechas de Isabel e Fernando "198.

Os Reis Católicos entendiam que governar era mandar e que um país estava bem governado cando obedecia cegamente. Com esta finalidade, criarom a Audiência de Galiza, com letrados castelhanos e presidida polo Governador, representante da Coroa. Como complemento da Audiência, o Governador ajuntava o Reino, do que formavam parte os procuradores elegidos polos concelhos capitais de província. "De modo que os Reis Católicos consideravan que Galiza estava dabondo represen­tada na vontade de cinco concelhos e com cinco concelheiros"199.

2.4.3.- Os Austrias

Os Áustrias receberom em herdo dos Reis Católicos, o antigo reino de Galiza, "coma se fose umha colónia de sel­vaxes amansados, só apta para obedecer. A prova da nosa escravatura está em que carecíamos de representaçom em Cortes"200. Os Áustrias e os Borbons forom os iniciado­res da violência assimilista201, os importadores do cesarismo unitário e centralis­ta202. Castela e Leom eram, em tempos dos Reis Católicos, "a metrópoli dum Império, claramente confesado por Isabel sem a hipócrita declaración de unidade espanhola, que, baixo a pouta dos Áustrias e Borbóns, se trocou em «pingajo de León»"203.

Carlos I impuxo-lhes aos castelhanos funcionários flamengos204, e "entrou nas terras hispánicas, acompanhado de insolen­tes forasteiros, para abolir, coa decapita­ción dos vencidos de Vilhalar, a política tradicio­nal de Castela. «Com a Espanha austríaca -di-nos Cánovas del Castilho- pereceu a verdadeira, a antiga, a grande Espanha dos Reis Católicos, nom quedando máis que o odio, que, a causa do pasado, nos profesarom até agora unánimemente os estrangeiros»"205. Antes de embarcar-se para Alemanha, convocou a Cortes em San­tia­go, abertas o dia 31 de março de 1520, "e nelas forom eliminados os procuradores de Galiza, estando presentes os do resto de Espanha; e, como se isto fose pouco, obrigábase ao noso país a respeitar e acatar o que Zamora acordase por nós. Todas as cidades de Espa­nha tinhan voz e voto nas Cortes de Composte­la, menos a própria Compostela e demais cidades galegas, pasando pola infame degra­daçom de ver chegar ao procurador de Zamora para representar-nos ao seu antollo"206.

Filipe II, -1934- um "rei triste, cruel e indigesto que fugiu do mar e da auga para facer do seu sepulcro o centro matemático dum cero enorme"207, cometeu o sacrilégio de converter o "pudrideiro do seu corpo em templo de Jesús"208. Galiza quer abrir o caminho da hispanidade, que tronzarom os governantes do Centro, por ser o caminho que pode unir aos dous Estados peninsulares. "O caminho dumha uniom natural e verdadeira. A uniom que nos dará vida e saúde. A vida e saúde que se afogou no Escorial. O Escorial de onde saírom os piolhos de Filipe II para facerem esta guerra nojenta"209. Filipe II serviu de guia ao afám imperialista de Castela, o Impériodo nada210. Foi Filipe II quem ordenou a última tala dos nossos montes, antes poboados de árvores e agora "inteiramente calvos e «em maldita esterilidade» cando podiam constituir a nosa fonte principal de riqueza"211. A unificaçom espanhola nom foi realizada polos Reis Católicos senom por Filipe II, que a considerou realizada com a anexom de Portugal. "Somentes Filipe II creu ter consumado a unificaçom política da Península ao sentar-se no trono portugués. Este feito singular ensanchou politicamente a realidade federalista anterior, converténdose num régime confederal, que se reflite no prudente títuuo de «Rei das Espanhas», adoptado por Filipe II e os demáis Filipes até a separaóm de Portugal. Así, pode dizer-se que os Reis Católicos comezarom a uniom dos povos hispanos, cuja uniom levou a cabo Filipe II, o Prudente ... ; mais a unidade espanhola, ou sexa, a Espanha única, comeza em 1640, com a perda de Portugal e o robustecimento do polbo madrilenho. Dispóis veu o demais"212.

Filipe II reinou em Portugal, como fruto de alianças matrimoniais, pois "As dinastias portuguesas, enlazándo-se por meio das suas mulheres coas de Castela, fixerom possível o reinado dos Filipes em Portugal (Filipe II sentou-se no trono de Afonso Henriques como sucessor do Maestre de Avis, ainda que detrâs del axexasem, as armas de Castela). Assi, o dualismo político da Península -causa e origem da hegemonia castelhana em Espanha- foi decote umha anécdota matrimonial, inzada de adultérios, na que Castela era o varom e Portugal a femia"213. Governou a naçom portuguesa dum jeito descentralizado, pois nas "Cortes de Tomar, em 1583, jurou «guardar os foros e costumes da naçom portuguesa, e que o seu  governo, administraçom e economia marchariam separados do resto das de Espanha»"214, mas ainda que a fórmula de juramento feita em Tomar fosse tam equitativa como a do Tanto Monta de Aragom e Castela "faltábalhe a Portugal a segurança e garantia que, em fim de contas, só repousa na própria forza"215. A estruturaçom federal de «Espanha» esvaeria os temores de absorçom de Portugal, que sairia beneficiada pola aliança ou uniom hispana. "Seríanos doado alviscar a prosperidade que Portugal alcanzou no período de alianza hispana (período que inaugurou Filipe II como pudo ser inaugurado por um monarca portugués que se sentase no sólio de Castela)"216. A quimera imperialista de «Os Lusiadas» desaparece na persoa de Dom Sebastiam, e é entom quando Filipe II, á par da soberbia de Castela, "representou ô altivo e intransixente Portugal, realizando así, mal ou ben, a custódia do «interesse peninsular». Em troques o dualismo restaurado em 1640 ensumiu a Portugal numha situaçom de dependência denigrante, a mercé de potências exóticas, sem es­vair definitivamente o «perigo castelhano»"217. Portugal, unida com Galiza, estaria em situaçom de "proscreber a política absorvente de Castela e, no pior dos casos, sempre contaría com umha base legítima para reivindicar as avantages do pacto jurado por Filipe II ou da fórmula liberal que sempre se lhe acredita âs verdadeiras nacionalidades"218.

Em 1557, reinando Filipe II, fixo-se umha capitulaçom em Valhadolid, assinada ante escriváns polos regedores de Santiago, A Corunha, Betanços, Lugo e Mondonhedo, na que se pede ao Rei que repare a injustiça de que o Reino e as referidas cidades nom tivessem voto em Cortes, oferecendo vinte mil ducado por esta representaçom, petiçom que Filipe II ignorou219. A «Junta Xeral do Reino de Galiza», nom surgiu durante o reinado dos Reis Católicos senom que nasce como corporaçom permanente ao inaugurar-se o reinado de Filipe III220. Durante o seu reinado, o Conde de Lemos protesta por negar-se este monarca a conceder a Galiza voz e voto em Cortes221, desouvindo as petiçons dos procurado­res das cidades galegas que em 1599 "acordarom mandar dous delegados â Corte com objecto de redimir o voto em Cortes e ges­tionar outros asuntos"222.

Em 1640, reinando Filipe IV, tem lugar a independência de Portugal, motivada pola torpeza do Conde-Duque de Olivares, que quixo converter Portugal em província espanhola223. No seu reinado, em 1623, Galiza ve restituído o seu voto em Cortes, douscentos setenta e cinco anos despois da súa injusta confiscaçom e dum século de reiteradas demandas. "A concessom fíxo-se por conselho do primeiro ministro de Filipe IV, que era o Conde de Mon­terrei, para afogar com este favor o desasosego que se sentia na Galiza por contagio de Portu­gal"224. O importe do resgate elevou-se á exorbitada quantidade de cem mil ducados que, teoricamente, seriam investidos na fabricaçom de seis navios para a armada que serviriam para defesa das nossas costas225 mais que na realidade se utilizarom para defender as costas de Guipús­coa226.

Os monarcas espanhois, desde Isabel I a Filipe V, outorgavam títulos honoríficos cada vez máis excelentes ao nosso Reino, a medida que acrecentava a pressom contributiva sobre o nosso país227.

2.4.4.- Os Borbons

A lei única perverteu a instituiçom galega dos foros mais a Real Provisom de Carlos III, de 1783, foi umha nova estafa jurídica, pois limitou-se a estabilizar o "direito dos perceptores e pagadores de rendas, sem abrir nengumha possibilidade â redençom forzosa das terras, deixando nas mans de Deus, e nom do Estado, a doada liquidaçom do problema"228. Só deixou em suspenso a tramitaçom e ejecuçom das demandas e, "longe de abolir a injustiça que pesaba sobre Galiza, equiparou os direitos anacrónicos do senhorío feudal aos vigentes da propriedade"229.

Fernando VII, por quem piavam os espanhois230, foi um rei pior que Jose I231, e o criador da arbitrária e irracional divisom administrativa do provincialismo232. A súa "insofrível tirania"233 produziu no nosso país, "ja nom dúvida amorosa, senom o franco desejo de arredar-se de Espanha para ingresar em Portugal "234.   
O período que vai de Isabel I a Isabel II foi um período absorvente que nos deixou umha Espanha inconstituída e inepta politicamente, "mais capaz das máis tolas violên­cias"235. Umha vez destrona­da Isabel II, os homes da revoluçom setembrina buscavam um rei que nom fosse um Áustria nem um Borbom, semom um home dumha dinastia liberal, elecçom que recaeu em Amadeo I, um rei "leal e cabaleiro até o intre que veuse obrigado a renunciar"236.

Afonso XIII é o representante de Fernando VII, como dizia umha caricatura do Simplicisimus237, que buscava um pretexto para invadir Portugal. "Este teimoso propósito quixo realiza-lo Afonso XIII, a quem nom se lhe ocorreu melhor cousa que mandar o Embaixador polos Cafés de Lisboa â cata dumha labaza­da, e, por ende, do pretexto para invadir Portugal; mais Canalejas tronzou a manobra"238.

3.- Conclusom


A evoluçom ideolóxica de Castelao, a respeito da forma de Estado, estivo fortemente influenciada polo movemento galeguista, tanto das Irmandades como do Partido Galeguista, ao que pertenceu. Defensor num princípio da monarquia afonsina, passa a seguir por umha etapa na que a súa praxe nom está isenta de certa ambigüidade, ou polo menos falta de combatividade, para converter­-se, a partir do ano 1933, num dos máis decididos defensores da legalidade republicana. A idea reitora que vai condicionar a aceptaçom ou o rejeitamento da monarquia ou república é a súa idoneidade para contribuir á libertaçom nacional de Galiza, pois o problema central nom é monarquia ou república, senom centralizaçom ou descentrali­zaçom. Para Castelao, em princípio a República é máis pura e respeita melhor os direitos colectivos que a Monarquia, lastrada esta por umha longa história centralista e incapaz de estabelecer um sistema ancorado nas realidades vivas do país. A Monarquia é sinónimo de monotonia, unidade, absolutis­mo, imperialismo, uniformismo, centralis­mo, despotismo, aliada do clericalismo, capitalismo e militarismo, intransigência, autoritarismo, domadora da vontade popular, em canto que República é igual a variedade, liberdade, descentraliza­çom, liberdade, tolerância, autonomia e democracia, e, por conseguin­te, a República, se é democrática, é um sistema que, em princípio, deve ser preferido, mais as repúblicas podem ser tam detestáveis como a monarquia, se nom aseguram sobre bases sólidas a liberdade e a autonomia dos grupos que constituem umha naçom. Assi a  República do 31, traduzida do jacobinismo francés, ainda que respeitosa com os direitos individuais, defraudou tamém as esperanzas que nela tinham depositado os representantes das nacionalidades periféricas, pois em vez de constituir-se como umha República federal, como Castelao defendeu teimudamente, ficou meramente em federável. Esta forma concreta de república, produto dos monárquicos disfarçados de republicanos, tampouco responde á variedade espanhola, mais é útil em quanto que pode servir de trampolín para a súa conversom numha República federal, única forma de governo que responde plenamente ás exigências dos diversos povos peninsulares. Daí que, como afirmou em 1948, República e Galiza som dúas palavras sagradas.

A valorizaçom dos monarcas espanhois céntra-a principalmente nos Reis Católicos, reonhecendo que no testamento de Isabel lhe outorgavam amplas liberdades a Galiza, ainda que, com respeito da praxe política do seu reinado, o seu juíço é marcadamen­te negativo, distinçom que explica, ainda que só parcialmente as opinions dispares que emite sobre a sua política nom isentas de contradiçom, pois, por umha parte, afirma que Galiza era umha espécie de membro aderido do impériocastelhano e, por outra, di que Galiza ficou submetida a um rexime de colónia conquistada e indigna de exercer os seus direitos políticos, tratada pior que os índios e as Índias; por umha parte, Galiza desfrutava de liberdade e, por outra, nom se regia polas súas próprias leis, usos e costumes. Tamém incorre em contradi­çom ao sinalar o momento em que Galiza perdeu o voto em cortes, que umhas vezes situa no reinado de Afonso XI, outras no dos Reis Católicos, e outras no de Carlos I.

Especialmente crítico se amostra o nosso compatriota com as duas dinastias estrangeiras que reinarom na España, os Ástrias e os Borbons, que tiverom sempre un ideal centralista e unitarista, umha política opressora, que dispunha dos Estados como se fosem a sua parcela particular e sempre opostas ao triunfo da democracia e da liberdade. 









1.  CASTELAO, Sempre en Galiza, (SG), Akal, Madrid, 1977, p. 365.
2.   SG, p. 319.
3.   SG, 366.
4.   SG, 410.
5.   SG, 410.
6.   SG, 456
7.   SG, 459.
8.   SG, p. 172.
9.   Como afirma Ramón Rey Baltar, isto nom significava que os redactores estivessem identificados com a linha do político malhorquim. "O que pasava era que, para loitar com probabilidades de éxito em contra do cacique de Rianjo, Dom Manuel Viturro, secretario da Deputación provincial da Corunha e lugartenente de Gasset na mesma província, había que buscar amparo num partido forte e inimigo dos liberales, e ese amparo deuno o marqués de Figueroa, ex ministro conservador, a través do seu representante em Padrón, D. Ramón Toxo, home de grande cultura e advogado de fama, que ocupara altos cárregos políticos". (REY BALTAR, RAMÓN, El barbero municipal, Primeiras caricaturas de Castelao, em DURÁN, J.A., El Primer Castelao, ( EPC ), Siglo veintiuno de España Editores, Madrid, 1972,  p. 289).
10.  Em alusión á súa colaboración no semanario rianxeiro conservador e monárquico, El barbero municipal.
11.  EPC, pp. 66, 68-71.
12.  El Barbero Municipal, (BM), nº. 3, 13/08/1910.
13.  «Ha llegado la hora», em BM,  nº. 129, de 28/12/1912
14.  ASIEUMEDRE, «A espada do fidalgo», em El Barbero Municipal , nº. 58, de 5/08/1911
15.  EPC., pp. 143-144.
16.  PINhEIRO, RAMÓN, «Castelao, político», em Anthropos, nº. 65 (00/10/1986) p. 39.
17.   LORENZANA, SALVADOR, «Limiar», em VILhAR PONTE, ANTÓN, Pensamento e sementeira, (PS), Ediciones Galicia, Bos Aires, s/d, p. 10.
18.   VILAS NOGUEIRA, XOSÉ, O estatuto Galego, (EG), Rueiro, A Coruña, 1975, EG, p. 86.
19.   Carta de Vicente Risco a Eduardo Blanco Amor de 6/06/1930, em BA, T. XIV-XV, 1986, p. 48.
20.   Carta de Vicente Risco a Eduardo Blanco Amor de 6/06/1930, em BA, T. XIV-XIV, 1986, p. 49.
21.   «Novas da causa», em A Nosa Terra (ANT), nº. 277 (01/11/1930), p. 4. Cf. SG,  p. 471.
22.  «O nacionalismo galego e o momento autual. Decraración de fe repubricana dos nazonalistas galegos», em ANT, nº. 283 (01/05/1931), p. 2.
23.  ÁLVAREZ GALLEGO, GERARDO, Vida, paixón de morte de Alexandre Bóveda, (VPM), Rdicións Nós, Bos Aires, a972, p. 101.
24.  CASTELAO, «A Vountade galega», em Nova Galiza,  (NGA), nº. 18 (xunho-xulho/1938), p. 10. Cf. SG, p. 69 e 471.
25.  SG, p. 69, 471. Cf. tamén «La posición ideológica de Galicia», em PE, p. 104, e «Historia Sintética do autonomismo Galego», em PE, p. 174.
26.  SESTO, XOSÉ, «Notas autobiográficas», em VV.AA., Bóveda e Castelao, irmáns, (CBI), Promocións Culturais Galegas, 1977, p. 42.
27.  «A Asambreia de Pontevedra», em ANT, nº. 291 (01/01/1932), p. 3.
28.  «Programa do Partido Galeguista», em ANT, nº. 291 (01/01/1932), p. 4.
29.  «El mitin de ayer em Maside», em Heraldo de Galicia, nº. 79, (09/05/1932), p. 1.
30. «Programa de acción pra os Grupos Galeguistas aprobado na II asambreia - 1933», em ANT, nº. 300 (09/07/1933).
31. «Programa de acción pra os Grupos Galeguistas aprobado na II asambreia - 1933», em ANT, nº. 300 (09/07/1933).
32. GRANJA, JOSÉ LUIS DE LA, «La alianza de los nacionalismos periféricos en la II República: Galeuzca», em CC,  p. 326.
33.   «Teoría do nacionalismo galego», em RISCO, VICENTE, Obra Completa, (OCR), Akal, Madrid, 1981, p. 52.
34.  «Castelao en el frontón», em ESTÉVEZ, XOSÉ, iMPENITENCIAS GALEUZCANAS, (IGA) Ediciós do Castro, Sada, 1992, , p. 140.
35.   CASTELAO, OTERO PEDRAYO, SUÁREZ PICALLO, VILLAR PONTE, Discursos parlamentarios 1931-1933, (CDP) Ediciós do Castro, Sada, 1978, p. 83.
36.  «Renovación», de decembro de 1933. Tomado de  SIXIREI, CARLOS, Alfredo Somoza. Encadramento histórico dunha figura esquencida do galeguismo, (ASO), Ediciós do Castro, Sada, 1987, p. 59.
37.  CASTELAO, «Dous feitos», em ANT, nº. 332 (20/05/1934), p. 1.
38.  «O gran mitin galeguista de A Cruña», en ANT, nº. 337 (23/06/1934), p. 3.
39.  LOIS GARCÍA, XOSÉ, «Castelao em Catalunya, no período da guerra civil. 1937-1938», em Congreso Castelao, (CC), Universidade de Santiago de Compostela, 1989, p. 101, di que foi o 14/07/1934, pero se foi um domingo, como se recolhe em ANT, nº. 339 (07/07/1934) no que se di que vai ser manhá domingo, e ANT, nº. 340 (14/07/1934), no que se fai a súa resenha, nom puido ser o 14 que foi um sábado. Tivo que ser o 8.
40.  «Mitin de Ourense», em ANT, nº. 339 (14/07/1934), p. 2.
41.  «Mitin de Ourense», em ANT, nº. 340 (14/07/1934), p. 2.
42.  «O mitin de Ourense», em ANT, nº. 340 (14/07/1934), p. 2.
43.  CASTELAO, «Os históricos», em ANT, nº. 350 (29/09/1934), p. 1.
44.  CASTELAO, «Os históricos», em ANT, nº. 350 (29/09/1934), p. 1.
45.  CASTELAO, «Os históricos», em ANT, nº. 350 (29/09/1934), p. 1.
46.  SG, p. 276.
47.  SG, p. 24.
48.  SG, p. 24.
49.  SG, p. 24.
50.  CASTELAO, «Verbas de chumbo», em ANT, nº. 371 (22/06/1935), p. 1.
51.  CASTELAO, «Verbas de chumbo», em ANT, nº. 371 (22/06/1935), p. 1.
52.  «Actividades galeguistas. O mitin de Vilagarcía», en ANT, nº. 391 (22/11/1935), p. 2. A referência que figura unida ao nº. 306 de ANT, (18/08/1933), p. 3 é incorrecto.
53.  «Os importantes actos de Vilagarcía», em ANT, nº. 393 (06/12/1935), p. 3.
54.  «Aitividades galeguistas. O grandioso mitin de Muros», em ANT, nº. 395 (20/12/1935), p. 2.
55.  SG, p. 60.
56.  SG, p.  61.
57.  SG., p. 61.
58.  SG, p. 64.
59.  SG, p. 73.
60.  SG, p. 108.
61.  SG, p. 182.
62.  SG, p. 199.
63.  SG, p. 64.
64.  SG, p. 183.
65.  SG, p. 174.
66.  SG, p. 73. Esta ideia vai ser reiterada na conferência sobre «Federalismo espanhol» pronunciada na Universidade de La Habana, o 17/12/1938. MONTEAGUDO, HENRIQUE, Castelao: Conferencias e discursos, (CCD), Fundación Castelao, 1996,  p. 181).
67.  SG, p. 75.
68.  SG, pp. 156-157.
69.  SG, p. 81.
70.  SG, p. 97.
71.  SG, p. 110.
72.  SG, p. 114.
73.  «Fragmentos sobre a Guerra de España (1938-1939)», em CCD, p. 157.
74.  «Federalismo español», (17/12/1938), em VV.AA., Castelao 1886-1950, (CMC), Ministerio de Cultura, Madrid, 1986, p. 25.
75.  «Federalismo español», (17/12/1938), em CMC, p. 25.
76.  «Federalismo español», em CMC, p. 29.
77.  SG, p. 172.
78.  SG, p. 172.
79.  SG, p. 197.
80.  SG, p. 173.
81.  SG, p. 174.
82.  SG, p. 175.
83.  SG, p. 212.
84.  SG, p. 243.
85.  SG, p. 207.
86.  SG, p. 210.
87.  SG, p. 210.
88.  SG, p. 211.
89.  «Verbas limiares» a Co pensamento na patria galega, (06/1942), em PE, p. 56.
90.  «Carta a Salvador de Madariaga», (10/02/1940), em CASTELAO, Obras, (OCA), Galaxia, Vigo, 2000, p. 341.
91.  RISCO, VICENTE, «Políteca do noso tempo», em OCR, p. 102.
92.  «A liberdade», em ANT, nº. 426 (25/07/1942), p. 1.
93.  SG, p. 293.
94.  SG, p. 327.
95.  SG, p. 281.
96.  SG, p. 297.
97.  SG, p. 254.
98.  SG, pp. 304-305.
99.  SG, p. 305.
100.  SG, p. 305.
101.  SG, p. 324.
102.  SG, p. 331.
103.  «O grandeiro Aito Republicán de Montevideo Fixose Baixo o Sino Federal», em ANT, nº. 428 (25/07/1943), p. 6.
104.  SG, p. 258.
105.  Carta de Castelao a José Antonio Aguirre de 29/11/1943, em Castelao. As cartas de América, (CA), A Nosa Terra, A Nosa Cultura, nº. 12,  p. 20.
106.  CASTELAO, «O problema ferroviario de Galiza», em ANT, nº. 431 (00/10/1944), p. 5.
107.  CCV, p. 246.
108. «Carta oficial do Consello de Galiza», (26/03/1945), em CASTRO, XAVIER, Castelao e os galeguistas do interior, (CGI), Editorial Galaxia, Vigo, 2000, p. 164.
109.  IG, p. 122. Cf. CASTELAO, «El martirio de Guernica», (04/1945), em PE, p. 96.
110.  CCV, p. 251, e  ANT, nº. 437 (00/04/1945), p. 5. Cf. CASTELAO, «El martirio de Guernica», em PALMÁS, RICARDO, Castelao: Prosa do exilio, (PE), Edicións do Patronato da Cultura Galega, Montevideo, 1996, p. 96.
111. «Situación actual de Galeuzca. Informe dirigido al Comité Ejecutivo del Partigo Galleguista», (02/1945), em CGI, p. 141.
112.  «O presidente do Consello de Galiza Afonso R. Castelao fixa a posición política do galeguismo n-iste intre hestórico. Discurso no Ateneo de Montevideo», em ANT, nº. 440 (00/07/1945), p. 11.
113.   «La posición ideológica de Galicia», (06/1945), em PE, p. 115.
114.  «La posición ideológica de Galicia», em PE, p. 117.
115.  «La posición ideológica de Galicia», em PE, pp. 117-118.
116. ICG, p. 235.
117. ICG, p. 246.
118. «Telegrama del Presidente Aguirre a Jesús de Leizaola», em ANT, nº. 444 (00/01/1946), p. 5. Cf. Crónicas. Castelao y los vascos, (Coorden. Anasagasti), Ikatz ekintza, Bilbao, 1985, pp. 373-375.
119.  «Contestación de Castelao a «La Pasionaria»», em ANT, nº. 444 (00/01/1946), p. 4.
120.   ESTÉVEZ XOSÉ, Antología del Galeuzca en el exilio (19391960, (AGE), Nova galicia Edicións, Carlos del Pulgar, Vigo, 1994, p. 245.
121.  AGE, p. 245.
122. «Carta a Pi i sunyer», (16/01/1946), em OCA, T. 6, p. 578.
123. «Carta a Manuel Portela Valhadares», (21/02/1946), em OCA, T. 6, p. 585-586.
124. «Carta a Manuel Portela Valhadares», (21/02/1946), em OCA, T. 6, p. 586.
125. «Informe ós galeguistas do interior», (31/03/1946), em OCA, T. 6, p. 599.
126.  «A colectividade de Boa Aires celebra o 10 aniversario do plebiscito. Acto do centro Asturiano», em ANT, nº. 448 (00/06/1946), p. 4.
127.  SG, p. 460.
128.  SG, p. 211.
129.  SG, p. 473.
130.  «6 de Outubro de 1947. Carta a Manuel de Irujo», em CA, p. 47.
131.  «Galiza asume a defensa da República», em ANT, nº. 455 (00/04/1947), p. 4.
132.  «Galiza asume a defensa da República», em ANT, nº. 455 (00/04/1947), p. 4.
133.  «6 de Outubro de 1947. Carta a Manuel de Irujo», em CA, p. 48.
134. «6 de Outubro de 1947. Carta a Manuel de Irujo», em CA, p. 44.
135.  «6 de Outubro de 1947. Carta a Manuel de Irujo», em CA, p. 49.
136.  «Conmemoración do 12º Aniversario do Plebiscito Galego», em ANT, nº. 462 (00/06/1948), p. 4.
137.  «Conmemoración do 12º Aniversario do Plebiscito Galego», em ANT, nº. 462 (00/06/1948), p. 4.
138.  Publicado em ANT, nº. 462 (00/06/1948), pp. 1, 6 e 7.
139.  «Conmemoración do 12º Aniversario do Plebiscito Galego», em ANT, nº. 462 (00/06/1948), p. 5.
140.  «Conmemoración do 12º Aniversario do Plebiscito Galego», em ANT, nº. 462 (00/06/1948), p. 5.
141.  HIF, T. I, p. 260.
142.  «20 de Setembro de 1948. Carta a Ramón Somoza», em CA, p. 54.
143.  «Eloxio da Federación de Sociedades Galegas», em ANT, nº. 465 (00/11/1948), p. 1.
144.  «Mensaxe do Presidente do Consello de Galiza D. Afonso R. Castelao», em ANT, nº. 469 (00/06/1949), p. 1.
145.  «Mensaxe do Presidente do Consello de Galiza D. Afonso R. Castelao», em ANT, nº. 469 (00/06/1949), p. 1.
146.  SG, pp. 36, 375.
147.  SG, p. 273.
148.  «Xeiras de Galeguidade», em  ANT , nº. 426 (25/07/1942).
149.  SG, p. 274.
150.  SG, p. 263.
151.  SG, p. 335.
152.  SG, p. 224.
153.  SG, p. 429.
154.  SG, p. 51.
155.  SG, p. 350.
156.  SG, p. 378.
157.  SG, p. 368.
158.  SG, p. 371.
159.  SG, p. 370.
160.  SG, p. 65.
161.  SG, p. 23.
162.  SG, p. 310.
163.  SG, pp. 311-312.
164.  SG, pp. 313.
165.  SG, p. 313.
166.  SG, p. 314.
167.  SG, p. 283.
168.  SG, p. 314.
169.  SG, p.. 407.
170.  SG, p. 133.
171.  SG, p. 102. Cf. tamém p. 259.
172.  SG, p. 67.
173.  SG, p. 193.
174.  SG, p. 372.
175.  SG, p. 240.
176.  SG, p. 372.
177.  SG, p. 37.
178.  SG, pp. 371, 240, 309.
179.  SG, p. 372.
180.  SG, p. 240. Cf. tamém p. 372.
181.  SG, p. 309.
182.  SG, p. 371.
183.  CDP, p. 16.
184.  SG, p. 373.
185.  SG, p. 374.
186.  SG, p. 374.
187.  SG, p. 374.
188.  SG, p. 375.
189.  SG, p. 375.
190.  SG, p. 375.
191.  SG, p. 376.
192.  SG, p. 378.
193.  SG, p. 379.
194.  SG, p. 381.
195.  SG, p. 382.
196.  SG, pp. 282-283.
197.  SG, p. 385.
198.  SG, p. 386.
199.  SG, p. 388.
200.  SG, p. 391.
201.  SG, pp. 24, 65.
202.  SG, p. 61.
203.  SG, p. 310.
204.  SG, p. 259.
205.  SG, p. 312.
206.  SG, p. 393.
207.  «Dous feitos», em ANT, nº. 332 (20/05/1934), p. 1.
208.  «Dous feitos», em ANT, nº. 332 (20/05/1934), p. 1.
209.  SG, p. 34.
210.  SG, p. 231.
211.  SG, p. 273.
212.  SG, pp. 313-314.
213.  SG, pp. 336-337.
214.  SG, p. 310.
215.  SG, p. 339.
216.  SG, p. 339.
217.  SG, p. 341.
218.  SG, p. 342.
219.  SG, p. 395.
220.  SG, p. 388.
221.  SG, p. 393.
222.  SG, p. 395. Cf. tamém p. 396.
223.  SG, p. 340.
224.  SG, pp. 396-397.
225.  SG, p. 397.
226.  SG, p. 400.
227.  SG, p. 390.
228.  SG, p. 272.
229.  SG, p. 386.
230.  SG, p. 406.
231.  SG, p. 407.
232.  SG, p. 210.
233.  SG, p. 464.
234.  SG, p. 464.
235.  SG, p. 305.
236.  «12º Anmiversario do Plebiscito Galego», em ANT, nº. 462 (00/06/1948), p. 5.
237.  «12º Anmiversario do Plebiscito Galego», em ANT, nº. 462 (00/06/1948), p. 5.
238.  SG, p. 225.