Ramom Varela Punhal
2.- Conceito,
classes, causas e funções dos eunucos
2.1.- Noção de eunuco
Algumas das práticas que limitam
o vigor e integridade psicofísica são, além das menos graves, mortificações e
flagelações quaresmais, circuncisões, etc., a ablação sexual feminina, ainda
tão vigorante em muitos países, e o eunuquismo, felizmente já decadente. Hoje
imos clarificar os conceitos para depois falar desta última prática no mundo
antigo, e especialmente na cultura judeu-cristã, pola incidência que teve no
mundo ocidental.
A palavra eunuco deriva do
grego eunoukhos, composta de «eune» (cama) e ekheim (ter, levar,
administrar, cuidar). Portanto, etimologicamente significa o que cuida da cama,
o que está ao cuidado do harém. A palavra hebreia saris deriva do acádio
sha reshi, «o que é chefe», referido aos oficiais que servem o rei, e mais
tarde passou a significar «converter-se num eunuco», e, a partir do primeiro
milênio, referiu-se aos oficiais castrados. Recebeu nomes próprios em cada um
dos territórios em que se praticava: kurgarru, entre os sumérios; assinnu,
entre os acádios; ishtaritu e girsequ, entre os babilônios e galli, entre os
romanos. Os romanos distinguiam os spadones, que, privados dum
testículo, podiam manter relações sexuais, casar e engendrar, e os thladiae ou
thlasiae, que tinham os testículos atrofiados pola torção ainda que a
vezes podiam engendrar. Autores como Marine Gasc defendem que “os spadones
são adolescentes a quem se lhe cortaram os testículos na idade da adolescência
para que pudessem ter um pene funcional. Vantagem: os spadones podem deitar-se
com mulheres sem emprenhá-las. Os inconvenientes: têm uma velhice acrescentada.
Os thlasiae são meninos de pouca idade, têm menos de três anos e se lhe cortam
os testículos”1, mas
esta classificação é muito local, pois os thlibias faziam-se eunucos por
compressão, e os thlasiae, por machucação por seção, corte, machucação,
enquanto que os thlasiae são os que se fazem eunucos por compressão. Os
spadones é uma denominação por castrados ou estéreis. O jurisconsulto Paulo,
que viveu nos reinados de Septímio Severo e Caracalha (193-217), afirma que “os
que fazem uma pessoa impotente estão, pola constituição do divino Adriano,
dirigida a Nímio Hastra, na mesma classe que os que realizam castração”2.
Segundo
o Digest de Justiniano (483-565), “O nome de eunuco é um termo
geral que compreende os que som eunucos por natureza (que nascem eunucos),
os que são feitos eunucos (por compressão ou seção), assim como qualquer
outra classe de eunucos seja qual for”3. No
primeiro lugar, situa os eunucos por natureza, que seriam os que já nascem
assim seja por defeito congênito, golpe intra-uterino, atrofia, trauma
puerperal, hipogonadismo, torção testicular, cancro de testículos, papeiras,...
Por vezes também se aplica o nome de eunuco natural aos que nascem com
testículos, mas que lhe foram extirpados após o nascimento, tal e como se
desprende do seguinte texto de Ovídio, dirigindo-se a Bágoas, o escravo eunuco
de Corina: “¡Ai de mim, pois ti, não és homem nem mulher, vigias à minha
dona e não podes conhecer as alegrias recíprocas de Venus. O primeiro que
cortou aos meninos os genitais deveu ele sofrer as mesmas feridas que fez.
Serias comprazente e acessível aos rogos, se te tivesses exacerbado de amor por
alguma mulher. Não nasceste ti para montar a cabalo, nem és bom para empunhar
as armas pesadas, nem à tua destra convém uma dança guerreira. Que os machos se
ocupem dessas cousas; ti, abandona as esperanças viris: deves ter a mesma
bandeira que a tua senhora. Compraz-la com os teus serviços e que o teu favor
resulte proveitoso; sem ela, qual seria a tua utilidade?”4. Neste texto Ovídio refere-se aos que não
nasceram para montar a cabalo, portanto, alude, aos que são assim por natureza,
mas pola outra, põe isto em relação com a mutilação temporã dos meninos.
Um eunuco forçado é
um varão castrado, um varão ao que se lhe realiza a ablação, extirpação ou
amputação dos seus testículos e, no caso de castração total, também o pene e o
escroto, e igualmente o varão com os órgãos genitais atrofiados que lhe impede
a fertilidade, e finalmente, já em Roma, também o varão que se abstém
voluntariamente do matrimônio. A castração é total quando se eliminam o pene e
testículos, e parcial quando se eliminam, quer os testículos quer o pene.
Muitos eunucos da antigüidade estavam castrados parcialmente mediante a remoção
des testículos por corte, atado ou arrasto. A outros não se lhe removem os
testículos senão que são danados permanentemente por esmagamento, retorce ou
contusão. O efeito da castração é a infertilidade, impotência e perda da lívido
em maior ou menor grau dependendo da etapa em que se realizou a mutilação. Se
se extirpam os testículos antes da puberdade, o eunuco converte-se em
impotente. Se os testículos se extirpam após a puberdade, pode manter intata a
sua capacidade viril, continuam recebendo testosterona das glândulas de
adrenalina e pode ter ereção, ainda que não é capaz de produzir esperma e,
portanto, de fecundar. Estes eunucos eram muito demandados polas damas romanas
porque lhes permitiam gozar do prazer sexual sem temor a ficar embaraçadas e de
ter que abortar. Isto também se pode dar nalguns eunucos aos que lhe esmagaram
os testículos antes da puberdade. Nos castrados totalmente podem receber prazer
anal da glândula prostática, produzindo-lhe uma espécie de clímax sem
ejaculação. Se a amputação se produz na etapa pré-puberdade, não chegarão a
desenvolver os carateres sexuais secundários na adolescência: penugem e câmbios
de voz, e o afetado adquire um aspeto exterior mais bem próprio de mulher:
quadris anchos, figura redondeada, peitos como os duma mulher, tem menos força
física, voz aguda, aumento da talha, redução da agressividade, genitais
pequenos, redução do crânio e infantilismo psicológico. A castração, tanto
antes como depois da puberdade, reduz ou elimina totalmente a atividade sexual.
As suas vítimas eram chamadas depreciativamente capões, grandes ovos, elefantes
sonoros, e, no mundo do teatro, musici. Por vezes, com todo, também se aplica a
palavra aos homossexuais efeminados, e cumpre resolver polo contexto em que
sentido se utiliza a palavra.
Contudo, não sempre
se considera eunuco a quem não tem testículos aparentes, pois isso pode
dever-se a que não lhe baixassem da cavidade abdominal, como sucede nas aves e
coelhos, nem tampouco àquele que tem um só testículo, que pode suprir a sua
funcionalidade com o outro que costuma ter mais volume. Os que têm a anomalia
da triorquidia, que têm três testículos, não sempre são mais potentes que os
outros.
2.2.- Classes de eunucos
Há três classes de eunucos:
1ª.- Os eunucos naturais ou por
natureza, que pode ser vítima de alguma anomalia genética ou de algum trauma
puerperal. Algumas destas anomalias são: a atrofia testicular; aplasia
testicular, quer dizer, a ausência de um ou dous testículos; a criptorquidia,
ou seja, a falta de descenso dos testículos ao escroto ou bolsa onde se alojam;
ectopia testicular, se o testículo de localiza fora do seu trajeto; a monorquidia,
falta dum testículo; a anorquia, ou carência de testículos; torção
testicular, que impede a rega sanguínea normal; hipospadia, ou seja,
o desenvolvimento anormal do pene que tem como consequência uma localização
anormal do meato urinário; hipoplasia testicular, ou desenvolvimento
debil dos testículos; hipogonadismo, carência de pene, micropene, agenésia
gonadal, na que não se percebe nenhum órgão sexual,... Algumas destas
malformações foram detetadas e analisadas em épocas relativamente recentes, mas
não é menos certo que os seus sintomas já se conheciam e os efeitos
psicopatológicos para os seus portadores deviam ser muito relevantes. Os
jurisconsultos romanos discutiam se o eunuco é um homem enfermo ou não. Ulpiano
defendia que não é uma doença, enquanto que Paulo defendia que sim. Diz
Ulpiano: “a mim parece-me que o eunuco (spado) não é nem enfermo nem
vicioso, senão sã, como aquele a quem lhe falta um testículo, que também pode
engendrar”5. Paulo
justifica assim o seu posicionamento: “Mas se é eunuco, dado que carece
totalmente duma parte do corpo, é enfermo”6. O eunuquismo não é uma doença em si, senão
um defeito devido a um desenvolvimento irregular do organismo ou a uma
doença.
2ª.- A segunda classe
de eunucos é a dos que foram castrados por outros seres humanos, ou seja, os
eunucos forçados, normalmente para servir os interesses econômicos e/ou sexuais
dos governantes e elites econômicas ou religiosas, que desta maneira criam um
grupo de funcionários menos propensos a corromper-se por dinheiro, sem cargas
familiares e sem herdeiros a quem deixar os seus cargos, diminuindo as lutas e
conspirações polo poder. Em contrapartida à sua mutilação eram compensados com
postos de confiança dos reis e imperadores e eram colmados com notórios
privilégios. Além de funcionários de confiança dos que ostentam o poder, os
eunucos chegaram a converter-se em muitos casos em protetores do harém e em
intermediários entre o rei e os seus súbditos.
3ª.- A terceira
classe é a dos eunucos voluntários, ou seja, dos que se castram a si mesmos
para ocupar determinados postos de trabalho ou por fanatismo religioso. A
castração voluntária pode dever-se a razões sanitárias ou religiosas, como é o
caso dos galos ou sacerdotes da deusa Cibeles, Rea, Artemisa, e muitos no seio
da Igreja, como é o caso de Orígenes, e segundo Tertuliano, do próprio Jesus..
Em
consequência, há eunucos castrados e eunucos que não, e isto tem efeitos a
respeito do matrimônio nas leis romanas. "Onde a mulher casa com um
eunuco, penso que há que distinguir entre um homem (um eunuco) que foi castrado
e um (eunuco) que não o foi, de tal modo que se foi castrado, podes dizer que
ali não pode existir um dote; mas onde um homem (um eunuco) não foi castrado,
ali pode existir um dote e uma ação para isso, porque o matrimônio pode ter
lugar aqui”7. Neste caso, parece
supor o legislador que um eunuco não castrado fisiologicamente pode ter alguma
atividade sexual, e por isso, pode aceder ao matrimônio, independentemente de
que possa ter filhos ou não, enquanto que o castrado, se o foi na infância, não
poderia ter esa atividade, e por isso não tem aceso a ele.
Luciano de Samosata
(125-181) diferencia o eunuco do não castrado ou, em todo caso, os castrados na
sua infância, no seu livrinho O eunuco, no que apresenta um diálogo
entre o velho Diocles e o eunuco Bagoas, que competem para ocupar uma praça de
filosofia na escola aristotélica de Atenas, que ganhou o primeiro porque Bagoas
era eunuco e ao não poder ter barba não inspirava confiança aos seus
discípulos. Diocles, pretendendo desautorizar o seu competidor, afirma: "«É
um quadro de mau augúrio, um encontro funesto, ver, saindo pola manhã da casa,
um destes seres degradados». E continuou longo tempo neste tom, dizendo que um
eunuco não é um homem nem uma mulher, mas um não sei que composto, uma mistura
horrorosa, um monstro estranho à natureza humana.... Mas a condição dum eunuco (por
natureza) é pior que a dum castrado. Estes, polo menos, gozaram algum tempo
da sua virilidade; o outro, polo contrário, afastado imediatamente do número
dos homens, não é mais que um ser ambíguo, semelhante às gralhas que não são
corvos nem pombos”8. O eunuco coincide
para este autor mais bem com o homossexual. Um terceiro que intervém no diálogo
manifesta: "Juízes, diz, embora o orador tenha a face lisa, a voz duma
mulher e todas as aparências dum eunuco, fazei-lhe despir-se, e vereis que é
realmente um homem. Se mesmo o que se diz dele é verdadeiro, foi surpreendido
outrora em flagrante delito de adultério, corpo a corpo, como diz o rolo das
leis; mas então ele pretendeu que era um eunuco, e a invenção deste subterfúgio
fez absolvê-lo dum crime que os juízes não creiam possível à vista só do
acusado”9. A esta opinião soma-se o médico judeu Adamâncio (s. IV e.c.), que
escreve: “As caraterísticas do eunuco por natureza são piores que as dos
outros seres humanos, e assim muitos deles são selvagens, malfeitores
enganadores, a cada qual mais. Dos eunucos castrados, não obstante, algumas
caraterísticas são cambiadas no tempo da castração, mas persiste a maioria da
sua natureza congênita”"10. Alguns autores
referem a menção de eunuco neste texto aos homossexuais, mas só em casos
extremos se pode afirmar, a julgar polas aparências externas, que os
homossexuais não são homens nem mulheres, ainda que si poderia aplicar-se aos
transvestis, ou seja, os que vestem como o sexo oposto, e transexuais, quer
dizer, os que se identificam com o gênero oposto ao seu sexo biológico.
2.3.- Causas do eunuquismo
Os seres humanos foram os
causantes do eunuquismo forçado com a finalidade de incrementar o seu status
econômico, o seu poder sociopolítico e o seu prazer. O status econômico levou à
castração dos seus semelhantes para utilizá-los como mão de obra barata, leal e
totalmente entregada. O mantimento e
consolidação do poder político incrementa-se dispondo de servidores leais e
totalmente fieis e entregados ao seu patrão. O prazer sexual garante-se
dispondo de pessoas com as que manter relações sexuais e com a custódia das
mulheres de palácio para segurar a sua fidelidade.
Os machos humanos não duvidaram
utilizar aos seus semelhantes como instrumentos ao seu serviço, expondo-os à
ridicularização pública, para satisfazer determinadas necessidades vitais,
interesses socioeconômicos particulares ou prazenteiros, e aplicar-lhe castigos
degradantes, impedindo-lhe o desfrute da sua natureza psicofísica. Enquanto que
implica uma esterilização forçada, a castração estaria hoje considerada como um
crime de lesa humanidade.
A castração forçada pode ser
resultado de:
a) duma rixa
entre pessoas, na que acidental ou intencionadamente um resulta castrado.
b) castigo,
especialmente aplicado nos casos de violação e adultério. Este castigo aplicado
num princípio por delitos graves passou a aplicar-se mais tarde a pessoas
inocentes, principalmente moços novos com objeto de convertê-los em objeto de
prazer ou trabalhadores dedicados exclusivamente ao serviço do seu amo e sem
cargas familiares.
c) cativação
de guerra. Em vez de matar os guerreiros contrários, castravam-nos para
dotar-se de escravos castrados dóceis e baratos.
d) por razões
econômicas, para a venda ou para procurar um maior status socioeconômico
com trabalho pouco remunerado..
e) por razões
políticas, para dotar-se de servidores incapazes sexualmente, e, portanto,
pessoas de confiança, como é o caso do filho de Jacó, José. Muitos governantes
acudiam aos eunucos como servidores públicos porque tinham menos medo de que se
sublevassem porque não tinham herdeiros a quem transmitir o poder.
f) Por razões
religiosas, como é o caso de Orígenes, Jacinto, Melitão de Sardes.
g) Por razões sexuais,
mediante a utilização dos eunucos tanto para satisfazer as pulsões sexuais
mediante a utilização de homens-efeminados como para procurar-se custódios do
harém de personagem importantes.
h) Por razões sociais,
como pode ser fazer uma doação,
O advogado, astrólogo e
apologista cristão do século IV e.c., Fírmico Materno, pretendeu buscar as
causas do eunuquismo na influência astral, se bem esta explicação, carente de
qualquer rigor, de aplicar-se a alguém somente poderia imputar-se aos eunucos
naturais e aos homossexuais. “O Sol, Saturno e Mercúrio juntos (na
sétima casa) pola noite produzem canteiros, ou enterradores, ou encarregados
de pompas fúnebres, ou aqueles aos que se lhe encomenda o cuidado e a guarda
dos sepulcros.... Se na genitura noturna, o Sol e Saturno constituídos no
sétimo lugar, mas Mercúrio e Venus no mesmo lugar, ou no sexto lugar ou no
duodécimo, e Saturno constituído e Venus estivesse com eles, faz eunucos ou
mulheres rabugentas que nunca copulam sexualmente com homens ou, se o fazem,
nunca concebem ou parem”11.
As
elucubrações crípticas e confusas sobre a influência dos astros, especialmente
de Saturno, Marte e Vênus na genitura dos eunucos são focadas noutros diversos
lugares da sua obra e remitimos ao leitor interessado a consulta-las12.
2.4.- Funções dos eunucos
Algumas das funções que prestavam
os eunucos eram:
a) Para prestar serviços
sexuais a personagens poderosas, como é o caso, entre outros, do eunuco e
escravo persa Bágoas (s. IV a.C), castrado muito novo, que manteve relações
sexuais com Darío III e Alexandre Magno. O travesti romano Esporo foi castrado
por ordem de Nerão, para convertê-lo na sua esposa. Também como pessoal de serviço da rainha e de damas
poderosas, como testemunham os Atos dos Apóstolos a propósito de Candace,
rainha de Etiopía13. À parte de muitos outros casos que
citaremos, Cleopatra VII, chegou a Roma,
em tempos de Julho César, acompanhada de vários eunucos..
b) Ocupar-se da custódia do harém das esposas ou
concubinas do rei, atuando como carabinas.
c) Utilizá-los como escravos.
d) Para controlar
a natalidade, prática à que se recorreu em povos muito pobres.
Finalmente, doutros não se
conhece nem a causa da emasculação nem a função e só temos constância de que
tinham a condição de eunucos.
A castração dos meninos
realizava-se, normalmente, entre os 6 e os 8 anos, para impedir que se ativasse
o processo natural de alteração dos carateres sexuais secundários e a taxa de
mortalidade superava muitas vezes o 75 por cento devido às precárias condições
sanitárias em que se realizava, das que resultavam infecções, dessangrado,
cicatrização e obturação do conduto uretral. Existem várias técnicas. Uma é a
da “torção testicular”. O menino está num banho quente e depois colhem-se os
testículos e giram-se e tira-se deles até que rompa o epidídimo. Crac... Doutro modo, basta com colher um cordel,
rodear os testículos, e serrar.
1. GASC, MARINE, La castration à travers les
siècles, ça fait mal, www.racontemoilhistoire.com/2016/02/castration/, 2016
3. Lex Julia et Papia, Libro I, in Digest, 50.16.128. Cf. The Digest of Justinian, Vol. IV,
University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1985, p. 944.
4. OVIDIO, Amores. A arte de amar, Lib. II,
3.
7. The Digest of Justinian, Vol. 1, University
of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1998, Livro XXIII.3.39.1.
8. LUCIANO DE SAMOSATA, O eunuco, 6
e 8.
9. LUCIANO DE SAMOSATA, O eunuco, 10.
10. ADAMANCIO, Fisionomía, II, 3.
11. FIRMICUS MATERNUS, Mathesis, liv.
3.5.23.
12. FIRMICUS MATERNUS, Mathesis, liv. .
3.6.22.; 3.9.1; 4.13.5; 5.2.11.; 6.30.4; 6.30.5; 6.31.23; 7.25.1-2;
7.25.17; 8.7.1-3; 8.20.9..
1. GASC, MARINE, La castration à travers les
siècles, ça fait mal, www.racontemoilhistoire.com/2016/02/castration/, 2016
3. Lex Julia et Papia, Libro I, in Digest, 50.16.128. Cf. The Digest of Justinian, Vol. IV,
University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1985, p. 944.
4. OVIDIO, Amores. A arte de amar, Lib. II,
3.
7. The Digest of Justinian, Vol. 1, University
of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1998, Livro XXIII.3.39.1.
8. LUCIANO DE SAMOSATA, O eunuco, 6
e 8.
9. LUCIANO DE SAMOSATA, O eunuco, 10.
10. ADAMANCIO, Fisionomía, II, 3.
11. FIRMICUS MATERNUS, Mathesis, liv.
3.5.23.
12. FIRMICUS MATERNUS, Mathesis, liv. .
3.6.22.; 3.9.1; 4.13.5; 5.2.11.; 6.30.4; 6.30.5; 6.31.23; 7.25.1-2;
7.25.17; 8.7.1-3; 8.20.9..
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